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Integrantes da União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (Ufeco), líderes comunitários e sem-teto ocuparam ontem um prédio abandonado na Agronômica com o objetivo de chamar atenção para os problemas da habitação. Eles escolheram o local por tratar-se de um terreno que poderia ser usado para abrigar famílias que vivem em áreas degradadas. A manifestação integra o Dia Nacional de Luta pela Moradia Popular, liderado pela União Nacional por Moradia Popular (UNMP).

O coordenador em Santa Catarina da UNMP, Márcio Porto, diz que a sociedade precisa “acordar” para o problema habitacional e que faltam políticas públicas em nível estadual e municipal para o setor. “Não queremos criar novas áreas habitacionais e sim resolver o problema de quem mora aqui há anos”, diz.

Porto cita como exemplo a comunidade Vila do Arvoredo (Favela do Siri), nos Ingleses, onde pessoas moram perto das dunas, em condições precárias. O morador Nivaldo Araújo da Silva conta que já foram feitos projetos de transferir a comunidade para o Rio Vermelho e a Vargem Grande, mas os habitantes desses bairros não aceitaram.

“Fica esse jogo de empurra-empurra e ninguém resolve nada. Sou um cidadão, mas não tenho direito à saúde e a uma endereço. Que cidadão é esse?”, questiona. Segundo ele, um terreno da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) nos Ingleses teria sido doado para que a comunidade fosse realocada, mas os moradores ainda não obtiveram uma posição da Prefeitura.

(A Notícia, 12/04/2007)

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