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Governo e trade debatem desafios da próxima temporada após apresentação de pesquisa da Fecomércio SC

Infraestrutura, balneabilidade das praias e mobilidade estão entre os principais desafios para as próximas temporadas no Litoral Catarinense. A pesquisa da Fecomércio SC sobre o turismo de verão em 2023, apresentada na reunião da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio SC, na manhã desta sexta-feira (28), aponta que a sustentabilidade do setor depende da combinação entre preservação ambiental e das belezas naturais e desenvolvimento urbano e dos equipamentos turísticos.

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Os dados foram debatidos em painel com a participação do secretário de Estado do Turismo, Evandro Neiva, o vice-presidente de turismo da Fecomércio SC, Fabio de Sousa, e Kleyton Peixoto Mendes, gerente- executivo do Floripa Airport.

“Para impulsionar o setor, precisamos investir nos pontos fortes e redobrar a atenção com os gargalos, como a questão da balneabilidade e da malha viária. O Estado tem o privilégio de ter um turismo regional forte, que fomenta o setor independente da estação, e ainda é a menina dos olhos dos estrangeiros, principalmente dos países vizinhos. Justamente por conta desse perfil, quase oito em cada dez vem para o Estado de carro no verão, então as condições estradas são temas centrais para a consolidação de Santa Catarina como um dos principais destinos do país”, afirmou o presidente do Sistema Fecomércio SC Sesc Senac, Hélio Dagnoni.

A melhoria da infraestrutura do Estado impacta diretamente no turismo regional. Conforme o secretário de Estado do Turismo, Evandro Neiva, a nova gestão está focada no desenvolvimento dos diversos destinos catarinenses.

“Estamos fazendo um diagnóstico com as Instâncias de Governança Regionais (IGRs) para entender as dores, elencar as prioridades e valorizar a vocação de cada região. No segundo semestre vamos focar na promoção dos nossos destinos para o próprio catarinense, fomentando o turismo interno, além da realização de um novo planejamento promocional do Estado para abertura de novos mercados, com a importante parceria do Sistema Fecomércio SC Sesc Senac e demais atores da cadeia produtiva do turismo”, pontua Neiva.

Embora as rodovias permaneçam como principal forma de deslocamento, o transporte aéreo vem se destacando ano após ano.  Segundo a ANAC, houve aumento de 12,8% dos passageiros pagos com destino a Florianópolis entre dezembro e fevereiro, na comparação com a última temporada.

“Estamos diversificando a malha aérea e ampliando os destinos, tanto nacionais, quanto internacionais, com operação diária para novas rotas no país e a consolidação de voos diretos para Argentina e Uruguai, que inicialmente seriam apenas na temporada”, comenta o gerente- executivo do Floripa Airport,Kleyton Peixoto Mendes.

Dados para decisão

Os dados retratam o perfil socioeconômico dos turistas (sexo, faixa etária, estado civil, renda e origem) e as características da viagem (tipo de hospedagem, meio de transporte, duração da estada e gastos médios), mostrando também os impactos econômicos da temporada nos negócios sob o ponto de vista dos empresários do comércio, serviços e hotelaria.

“A pesquisa é uma ferramenta importante para tomada de decisão não só do empresário, mas também para o gestor público. Através dela conseguimos monitorar a mudança no perfil e comportamento de consumo do turista, permitindo uma leitura mais assertiva do mercado”, segundo Fabio de Sousa.

Foram entrevistados 1213 turistas e 660 empresários/gestores em Balneário Camboriú, Florianópolis, Imbituba, Laguna e São Francisco do Sul, entre os meses de dezembro e fevereiro.

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Principais destaques

::Turista

Faixa etária

A maior fatia tem 31 a 40 anos (24,2%), seguido pelos turistas entre 41 a 50 anos (23%). A média histórica aponta redução na parcela de 18 a 25 anos e tendência de crescimento da faixa de 51 a 60 anos.

Renda média familiar

Quase 60% dos turistas são das faixas 3 e 4 (R$ 2.204 a R$ 8.812). Os dados sinalizam que a faixa 5 (de R$ 8.813 a R$ 11.015) foi a que mais cresceu- alta de 6 pontos percentuais (p.p.) em relação à média histórica.

Origem

83% são brasileiros, principalmente dos estados da região sul

Os turistas estrangeiros representam 17%, 12,4% são argentino e 2,1% de uruguaios

Gasto médio

Média dos gastos foi de R$4.937 nesta temporada

91% dos turistas fizeram compras no comercio

:: Empresários

Maior ticket médio foi no setor de agências de viagens e operadores turísticos (R$ 2.058)- avanço de 15% em relação à média histórica. Porém, o setor que teve a maior variação foi o supermercadista, 70% acima da média histórica.

20,5% dos estabelecimentos contraram colaboradores extras para a temporada- queda na comparação com 2022 (33,9%).

Bares e restaurantes (34,1%) e mercados e supermercados (32,9%) foram os que mais contrataram

Alta de 12,1% no faturamento em relação à temporada anterior e de 21% na comparação com a baixa temporada. No setor de hotelaria, a variação foi de 28% e 49%, respectivamente.

(Fecomércio, 28/04/2023)

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