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Polêmica envolvendo ‘cocô de camarão’ em Florianópolis viraliza; saiba qual é o preparo correto

Camarão. Foto reprodução twitter

Recentemente uma polêmica envolvendo vísceras e intestino de camarão encontrados em um prato em Florianópolis viralizou na internet e levantou questionamentos. Uma turista denunciou um estabelecimento por cobrar um alto valor na porção, servida em “estado impróprio” segundo a jovem.

A história foi parar nas redes sociais e dividiu opiniões. Muitos caçoaram, mas outros também deram razão à moça. O ND+ buscou a verdade por trás do “fiozinho preto” do camarão, muitas vezes consumido pelo público. Confira!

Contextualizando a situação, a jovem foi a um restaurante na Ilha de Santa Catarina e pediu uma sequência de camarões para duas pessoas pelo valor de R$ 220,00. Assim que o prato chegou, a cliente viu que os camarões ainda estavam com o intestino.

“Vieram todos sujos. Chamei o garçom e ele me disse que todos os restaurantes da Ilha serviam assim, e que era normal, que não tinha como limpar”, escreve.

Indignada, a jovem pediu um desconto, porém os funcionários não aceitaram. Assim, pediu para falar com o proprietário e ele “também não quis discutir”. “Achou que eu tinha cara de turista trouxa, né? […] Sério, que nojo. Eu disse que iria chamar a vigilância sanitária e então ele fez por R$ 150”, conta.

Ela finaliza dizendo que deixou a porção inteira e estava passando mal, junto com a amiga que a acompanhou. “O barato sai caro”, pontua e termina o texto.

Repercussão

A publicação dividiu opiniões, muitos internautas discordaram da moça. “25 anos comendo camarão 4-5x no mês e nunca passei mal na vida… será que eu sou um et? Logo se vê que a maioria das pessoas não entende nada de comida. Pessoal falando de acúmulo de metais pesados, mas o sushi do finds tá em dia”, escreve um.

“‘É bom pras vistas!’”, comenta outro. Outro perfil escreveu satirizando a situação: “Eu também queria fazer uma reclamação. Esses dias eu fui num sushi aqui na ilha e o peixe veio CRU! Acho um absurdo esse tipo de coisa, ainda mais comigo que sou nativo da cidade”.

Apesar dos comentários opostos, muitos também deram razão para a jovem. “Mas tem que limpar o camarão, gente. Vocês têm o que na cabeça? Sou pobre igual vocês e reclamaria também kkk. Trabalho em um restaurante e a ajudante lá passa um tempão limpando, mas tem que fazer, oxe”, escreve um perfil.

Outra pessoa comentou: “Eu tive uma intoxicação alimentar seríssima por conta disso. Pedimos uma pizza e os camarões vieram sujos, como eu era pequena não me atentei, mas depois que meu pai olhou bem viu estarem sujos. Não é ter nojo, é um caso sanitário! Ela está certíssima!”

Especialista comenta

O doutor em Ciência dos Alimentos e professor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Giustino Tribuzi comenta a polêmica e desmistifica o consumo do camarão neste estado.

Tribuzi explica que, de fato, o fio preto observado na imagem é uma parte do intestino do camarão e que, quando cru, apresenta uma “contaminação microbiana elevada”. “Contudo, o cozimento, como a fervura ou a fritura, quando realizado corretamente deveria eliminar a maioria dos microrganismos presentes nesse órgão”, explica.

Apesar de não apresentar mais riscos de segurança, ele conta que permanece a aparência desagradável, textura arenosa e eventualmente algum sabor indesejável. A escolha vai de chefe para chefe, segundo o professor.

“Portanto é, sim, recomendável a retirada do intestino antes do cozimento, mas mais por questões culinárias e sensoriais que de segurança”, diz, complementando em seguida que esse caso é válido somente quando o cozimento é realizado corretamente.

(Por Ada Bahl, NDmais, 14/01/2023)

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