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Há um ano: O espetáculo cultural que abriu as cortinas da esperança

Foto: Tóia Oliveira

Faz um ano, nesta sexta-feira (29), que um espetáculo com público voltou a ser apresentado em Santa Catarina.

Foi o chamado “evento-teste”, o primeiro com critérios científicos feito no Brasil, desde que as cortinas se fecharam por causa da pandemia. Com uma apresentação de música clássica, a Camerata Florianópolis, sob a regência do maestro Jeferson Della Rocca, protagonizou este momento histórico no Teatro Ademir Rosa (CIC).

A coordenadora-geral do evento, Eveline Orth, conta que voltar ao teatro naquela noite foi de uma emoção sem igual. “A sensação de estar dentro do teatro, com público, depois de tanto tempo, foi de uma emoção indescritível e, naquele momento, vimos a luz no fim do túnel”.

Segundo Della Rocca, “nós, os músicos da orquestra, experimentamos a mesma sensação, a mesma emoção, da primeira vez que pisamos em um palco. Coração a mil, com alegria e esperança”, afirma.

Pelos relatos nas redes sociais postados logo depois do evento, o público presente sentiu algo parecido, como se assistisse ao primeiro espetáculo, como se estivesse pisando pela primeira vez no teatro. “Estávamos unidos pela esperança”, resume a produtora Maria Elita Pereira.

A música fez as pessoas lembrarem de que a vida segue, de que aos poucos, com todos os cuidados, o mundo voltaria a se encontrar. Foi uma ânsia de renascimento.

Foto: Tóia Oliveira

Conforme as estatísticas, grande parte dos presentes no evento-teste perdeu algum familiar ou amigo para Covid e o espetáculo da noite de 29 de julho de 2021 foi dedicado a cada um deles. “E, por cada um deles, naquela noite, reafirmamos nosso amor à arte – porque ela nos une, inspira e fortalece”, conclui Della Rocca.

Passado um ano do evento-teste, a administradora do Teatro Ademir Rosa, Eliza Docena, diz que os resultados são os melhores possíveis. “Já retomamos a plateia completa de ocupação, estamos com a agenda do teatro ocupada até o final do ano e o público está respondendo muito bem.”

Muitas pessoas estiveram na linha de frente deste evento histórico, entre elas: Eveline Orth, diretora da Abrape; Eduardo Macário, superintendente da vigilância em saúde de SC, Priscilla Valler dos Santos, diretora da vigilância em saúde de Florianópolis; Ana Cristina Vidor, gerente de vigilância epidemiológica da Capital, Heitor Lins, produtor cultural; Eliza Pigatto Docena, da Fundação Catarinense de Cultura; as pesquisadoras e professores universitárias Gabriella.

(Scarduelli Comunicação, 28/07/22)

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