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Salto à frente no turismo

Editorial (DC, 30/10/2009)

O presidente do Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), o francês Jean-Claude Baumgarten, apresentou ontem, em Florianópolis, um relatório elaborado pela entidade, que confirma o imenso potencial turístico de Santa Catarina, e identifica alguns entraves que precisam ser removidos para que a atividade possa alcançar um novo patamar de desenvolvimento. Entre estes óbices que remanescem, destacam-se as deficiências em infraestrutura, principalmente as referentes à malha viária que dá acesso aos principais sítios turísticos do Estado, e a elevada carga tributária, que onera preços e desestimula novos investimentos no setor, entre outros. Evidencia-se que, para dar um salto de qualidade, o setor carece de investimentos de porte. Uma das alternativas, pensadas como estratégia para obter a desejada diversificação do produto turístico catarinense, segundo o secretário de Articulação Internacional do Estado, Vinicius Lummertz, seriam as parcerias público-privadas (PPPs).

Atualmente, segundo a WTTC, o turismo tem uma participação de 12,5% na formação do Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina, movimenta R$ 14,8 bilhões por ano, e garante 510 mil postos de trabalho. As projeções indicam que, em 10 anos, a participação no PIB poderá chegar a 13,3%, com um faturamento anual de R$ 33,8 bilhões ,e os empregos, a 696 mil. Se não ocorrer qualquer acidente de percurso e o turismo, que é uma inegável vocação econômica deste pedaço de Brasil meridional, receber a prioridade e a atenção que merece de parte dos poderes públicos e dos investidores privados, chegaremos lá com facilidade. Como disse o presidente da seção estadual da Associação Brasileira de Agentes de Viagem (Abav/SC), estamos no caminho certo, “mas queremos turismo de qualidade, não de quantidade”.

Nunca será demais lembrar, também, que o trade turístico, as autoridades públicas e a sociedade em geral precisam debater os novos rumos da atividade em nosso Estado, sempre levando em conta que a qualidade de vida dos catarinenses e a preservação do meio ambiente são parte desta equação.

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