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Mobilidade, imóveis irregulares e segurança pública no sul da ilha são a tônica das reivindicações apresentadas pela CDL ao prefeito de Florianópolis

Mobilidade, imóveis irregulares e segurança pública no sul da ilha são a tônica das reivindicações apresentadas pela CDL ao prefeito de Florianópolis

Divulgação: CDL

Na noite desta terça-feira, 04 de junho, o núcleo sul da ilha, da Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis, apresentou para o prefeito de Florianópolis, Topázio da Silveira, as principais demandas dos empresários do sul da ilha. A entidade realizou uma pesquisa com aproximadamente 500 empresas na região, com o objetivo de compreender a dinâmica do comércio local. Durante esse trabalho, foram identificadas algumas questões como emergenciais.

“Sabemos que muitos trabalhos e projetos estão sendo desenvolvidos em virtude do crescimento da região sul, alguns já concluídos e outros em fase de planejamento. Realizamos uma pesquisa também com os empresários da região, ouvindo demandas e projetando também soluções que possam ser desenvolvidas em conjunto com os órgãos públicos, visando o crescimento da cidade e fortalecimento da região”, destaca o coordenador do Núcleo Sul da Ilha da CDL, Clovis Dittrich.

Segundo levantamento da CDL, o sul da ilha concentra 28 mil empresas registradas. Esse número corresponde a 19% do total das empresas de Florianópolis. Segundo a Jusesc, são 148 mil empresas cadastradas. Das empresas do sul da ilha, 56% são de serviço, 28% de comércio e os demais distribuídos em outras áreas.

O núcleo do sul da ilha apresentou dados importantes: 100 mil habitantes no sul da ilha, destes 40% ainda vai diariamente ao Centro que concentra 50% PIB da cidade, e que 75% do território do Campeche é ocupado de forma irregular.

Quatro eixos prioritários foram debatidos com o prefeito Topazio: mobilidade urbana, transporte público, imóveis irregulares e segurança pública.

Confira:

Mobilidade Urbana: Com o novo acesso ao aeroporto, houve um grande avanço na mobilidade na região, tornando o tráfego mais fluido em certos momentos do dia. Entretanto, durante o horário de pico, o público ainda enfrenta congestionamentos nas ruas principais, como a Rodovia Dr. Antonio Luiz Moura Gonzaga com a Rua Pau de Canela / Elevado do Rio Tavares até o acesso à Av. Pequeno Príncipe, bem como outras ruas que poderiam ser pavimentadas para melhorar o fluxo em direção à Av. Campeche / Rua do Gramal. O prefeito foi questionado sobre a existência de algum estudo para a implementação de vias alternativas ou projetos de pavimentação de ruas secundárias que contribuam para a melhoria do trânsito nos pontos de maior congestionamento.
Resposta:
“Florianópolis tem um carro para casa 1,2 habitantes. O trabalho que estamos fazendo é de acupuntura com investimento em novos modais. A possibilidade, para fazermos novas rodovias, é reduzida pela nossa característica geográfica, mas estamos estudando, e nos últimos dois anos temos enfrentado ‘brigas’ como os binários, que têm contribuindo para a melhoria no fluxo. Em breve deveremos divulgar um investimento de 70 milhões, em conjunto com o governo do Estado, para criação de uma terceira faixa na SC-401, para um período determinado e depois do parque do pedágio uma faixa exclusiva direcionando para Ratones e Jurerê. Tudo isso para melhorar o trânsito na região. E, outro ponto que pode contribuir para o sul da ilha é na saída da avenida da Saudade próximo ao Cepon, com aterramento e construção de uma via na frente do parque, com a criação da terceira faixa. No sul, temos uma via projetada ligando o Gramal até a SC 405. Para o Campeche estamos pensando em alguns binários, para ganhar agilidade no trânsito, são formas rápidas para melhorar o trânsito sem a necessidade de criarmos novas ruas. Outro ponto que está sendo pensado é a revitalização de calçamentos e a pavimentação, o que também contribui para mobilidade com a diminuição de alagamentos, facilitando a vida do cidadão”.

Transporte Público: O comércio enfrenta grandes dificuldades devido à falta de opções adequadas de transporte público, seja devido as linhas criadas há mais de vinte anos, seja pela ausência de um serviço de ônibus circular dentro dos bairros que facilite a locomoção local. O questionamento foi sobre a possível estudo para atualizar as rotas de ônibus na região sul da ilha.
Resposta:
“Temos uma experiência no Maciço do Morro da Cruz com o transporte formiguinha, com ônibus menores e mais potentes, que tem agilizado o transporte e isso nos tem feito refletir sobre replicar essa atuação, com frequência maior, dentro dos bairros, ampliando as conexões e permitindo que as pessoas deixem o carro em casa. Também estamos estudando uma linha circular na região, sem a necessidade de passar pelo terminal, um grande desafio da gestão para estimular o uso do transporte coletivo. Ainda aqui para o sul, existe um projeto em parceria com o governo do Estado, para duplicar desde o elevado do Rio Tavares até o trevo do Erasmo.”

Imóveis Regulares: Os comerciantes têm dificuldade em encontrar imóveis regulares, com habite-se e zoneamento adequados para uso comercial. Isso leva à supervalorização dos imóveis que possuem a documentação em ordem, o que muitas vezes impacta negativamente no crescimento econômico da região. A abordagem teve como enfoque o novo plano diretor e a possibilidade de uma reorganização das áreas para promover o crescimento do comércio local.
Resposta:
“Com o novo plano diretor buscou-se o desenvolvimento das regiões e destacou a necessidade dos profissionais conhecerem a legislação. Nossas equipes estão atuando para poder regularizar e fazer a cidade andar. Um dos exemplos foi o Reurb, de regularização fundiária pela cidade. São mais de 70 mil imóveis que podem ser regularizados em Florianópolis”.

Segurança Pública: Em algumas áreas, como na Av. Pequeno Príncipe, onde há uma concentração maior de estabelecimentos comerciais, os comerciantes têm relatado preocupações com o aumento da presença de pessoas em situação de rua. A argumentação foi sobre a visão da prefeitura está ciente desse problema e quais medidas podem ser tomadas para evitar o aumento desses indivíduos em áreas com menos policiamento e mais locais para se esconderem?
Resposta:
“Esse não é um problema local, mas sim do mundo inteiro. Estamos com uma forte campanha, que a CDL é parceria, de não dar esmola e sim oportunidades. E, recentemente aprovamos o projeto de internação involuntária, e lançamos também o Centro de Convivente Dia, na Passarela, com várias áreas de articulação, com atividades e também com opções de trabalho. E agora também estamos indo para os bairros, com os nossos ‘amarelinhos’ que abordam as pessoas em situação de rua, buscando soluções e articulações”.

O presidente da CDL Florianópolis, Julio Geremias, reforçou que as questões são de suma importância para o desenvolvimento sustentável da região sul da ilha de Florianópolis, bem como para o fortalecimento de todo o ecossistema da economia. Ao final do evento foi entregue ao prefeito uma carta de reivindicações e Topazio se comprometeu em estudar e buscar discussões e soluções sobre os temas.

(CDL, 05/06/2024)

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