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Os fenomenais números da estrutura náutica de Santa Catarina

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 17/09/2023) *Interino Diogo de Souza

O potencial náutico de Santa Catarina é, de alguma maneira, imensurável. Tema do terceiro seminário do Super 17, evento do Grupo ND, com patrocínio da Schaefer Yachts, a vocação náutica de Florianópolis é uma imensidão em possibilidade, mas ainda pouco estruturada para tamanho potencial.

Pois a Coluna Bom Dia foi atrás da dimensão do tamanho do mercado náutico de Santa Catarina. Trata-se de uma extensa cadeia produtiva que vem desde o suprimento das marinas e embarcações. Confira:

Indústria Náutica
Santa Catarina conta com uma frota de aproximadamente 700 embarcações industriais e mais de 50 mil pescadores. Em 2022, segundo a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), ocupou a 5ª posição entre os 10 maiores produtores de peixe de cultivo do Brasil.

Santa Catarina concentra 70% da produção nacional de barcos a motor, se consolidando como o Primeiro Polo Náutico do Brasil.

Segundo dados do Observatório Fiesc, nos últimos 6 meses, o Estado vendeu US$ 33,0 milhões de barcos a motor para países como EUA e a Itália, mantendo o título de maior exportador de embarcações do país.

Além disso, Santa Catarina exporta para outros destinos da Europa e até Dubai. O Estado abriga mais de 20 empresas do mercado náutico e há incentivos do Governo que movimentam o setor, como o pró-emprego e o pró-náutica.

Graças a política de incentivos e de atração de empresas estrangeiras realizado pelo governo de Santa Catarina, o país se tornou o único a receber canteiros navais dos grupos italianos Ferretti e Azimut Yachts. Verdadeiros ícones do luxo marítimo.

Setor portuário
a) Santa Catarina, em 2021, obteve uma corrente de comércio de US$ 35,2 bilhões, representando a 5º posição no ranking dos Estados do Brasil, participando com 7,0% do total da corrente de comércio brasileira dados do Ministério da Economia;

b) O Estado, por intermédio dos Portos de Imbituba, Itajaí, São Francisco do Sul, Navegantes e Itapoá movimentou, em 2021, mais de 2,4 milhões de TEUS (é a medida do tamanho do contêiner de 20 pés) – 65,7 milhões de toneladas, sendo que no mesmo ano o Portonave e o Porto Itapoá, ocuparam a segunda e a quinta posição no ranking de movimentação de contêineres dos portos brasileiros, respectivamente, representando 20,7% do total movimentado no País;

c) Os Portos de Santa Catarina movimentaram cerca de 66 milhões de toneladas (65,7 milhões de toneladas) em 2021. Com esse volume de cargas os portos de Santa Catarina movimentaram mais do que o Porto de Paranaguá (51,6 milhões de toneladas).

d) O crescimento das movimentações de cargas, das dimensões dos navios da Marinha Mercante operando na costa brasileira, além de outros aspectos, traduzem a necessidade de haver ajustes na infraestrutura, equipamento, operações e acessos dos portos.

Marinas
Santa Catarina conta com cerca de 130 estruturas de apoio náutico no litoral e no interior, entre marinas e garagens náuticas (estas, a maioria).

A cada 300 embarcações em uma estrutura de apoio náutico, são movimentados cerca de R$ 100 milhões de reais por ano.

Cada embarcação em uma marina gera cerca de 10 empregos e cada real investido em uma marina implica em incremento de outros 2 ou 3 na economia da região, podendo a valorização imobiliária do entorno, a partir da implantação de uma marina, superar os 200%, incrementando fortemente a arrecadação tributária.

Pesca
1º lugar no ranking nacional de empresas do setor (RAIS, 2021)
1º lugar no ranking nacional de empregos do setor (Novo Caged, 2022)
1º lugar no ranking nacional de produção de Ostras, vieiras e mexilhões (IBGE, 2021)
1º lugar no ranking nacional de produção de Sementes de moluscos (IBGE, 2021)
2º lugar no ranking nacional de produção de Carpa (IBGE, 2021)
2º lugar no ranking nacional de produção de Truta (IBGE, 2021)
4º lugar no ranking nacional de produção de Tilápia (IBGE, 2021)
1º lugar no ranking nacional de faturamento na Preservação do pescado e fabricação de produtos do pescado (IBGE, 2021)

Cruzeiros marítimos
Segundo dados da Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), a temporada 2022/2023 gerou, no Brasil, cerca de 48 mil empregos e trouxe para o país um impacto econômico de aproximadamente R$3,6 bilhões, crescimento de 240% em relação a 2021/2022.

Esse valor engloba tanto os gastos diretos, indiretos e induzidos das companhias marítimas, quanto os gastos de cruzeiristas e tripulantes.

Itajaí, por exemplo, recebeu, na temporada 2022/2023, 25 escalas, com mais de 80 mil passageiros, injetando cerca de R$ 26 milhões na economia local.

Em Balneário Camboriú a temporada 2022/2023 começou em 2 de novembro, com o Silver Cloud, da empresa Silversea Cruises. Desde então, foram 24 escalas de navios, que trouxeram 96.665 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes.

Desembarcaram na cidade 62.832 pessoas, ou seja, 65% dos passageiros e tripulantes. O Atracadouro Barra Sul recebe navios desde 2017 e, em janeiro de 2023, tornou-se parte da rota de cruzeiros internacionais.

A temporada de cruzeiros marítimos 2023/2024 em Santa Catarina, será maior e mais extensa. As escalas no estado passarão de 64 em 2022/2023 para 113, um crescimento de 76,5%.

Além de um aumento de 78% no número de leitos, o período da temporada também será mais longa, com 172 dias. A chegada dos navios à Costa catarinense começará a partir do dia 4 de novembro.

Números de Santa Catarina – temporada 22/23

Itajaí – 27 escalas – 74 mil leitos

Balneário Camboriú – 20 escalas – 81 mil leitos

Porto Belo – 17 escalas – 51 mil leitos

Total – 64 escalas – 177 mil leitos

Temporada 23/24

Itajaí – 46 escalas – 129 mil leitos

Balneário Camboriú – 49 escalas – 171 mil leitos

Porto Belo – 17 escalas – 51 mil leitos

Total – 113 escalas – 316 mil leitos

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