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Alimentos sobem e transportes caem em maio, mostra Índice de Custo de Vida da Udesc Esag

Os preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias de Florianópolis subiram 0,42% em maio, uma inflação menor que a abril (0,65%) e que vem caindo aos poucos desde o início do ano. Desta vez, os alimentos puxaram a inflação para cima e os transportes, em especial gasolina e passagens aéreas, para baixo.

O índice mensal de inflação acumula alta de 3,16% nos cinco primeiros meses de 2023. Já o acumulado nos últimos 12 meses está em 3,47% (ainda afetado pela deflação apurada entre agosto e setembro do ano passado).

Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).

Transportes

Os preços ligados aos transportes variaram para baixo em maio (-1,27%), praticamente invertendo o sinal em relação à alta de 1,31% do mês anterior. A redução foi puxada principalmente pelas passagens aéreas (-13,2%) e pela gasolina, que ficou quase 4% mais barata nos postos, depois do anúncio de redução do preço nas vendas da Petrobras às distribuidoras. Etanol e diesel não tiveram variação.

Além dos transportes, houve queda nos preços ligados a habitação (-0,37%), despesas pessoais (-0,48%) e educação (0,16%). No caso da habitação, pesou a queda no preço do gás (-0,88%) também decorrente de mudanças na política de preços da Petrobras.

Alimentação

Os preços dos alimentos, que têm peso no orçamento das famílias equivalente aos dos transportes (cerca de 21% do gasto médio mensal), subiram 1% em maio, anulando parte do efeito deflacionário da gasolina e das passagens aéreas. A alta foi mais forte nas refeições consumidas em restaurantes e lanchonetes (1,61%). Já os alimentos comprados em feiras e supermercados subiram 0,61%.

As maiores altas foram as dos tubérculos, raízes e legumes (3,54%), com destaque para a cebola de cabeça (16,3%). Entre as frutas (1,92%), a maior variação foi a do morango (22,6%). Houve alguma alta em praticamente todos os subgrupos. Apenas as carnes ficaram em média mais baratas (-0,49%) – especialmente o contrafilé (-2,7%) e o filé mignon (-1,1%). Óleos e gorduras mantiveram preços estáveis.

Entre grupos de preços pesquisados, a maior variação para cima foi a dos artigos de residência (3,86%) – puxada por uma alta de 8,7% nos dos móveis. Também subiram os preços ligados a saúde e cuidados pessoais (2,17%) e serviços de comunicação (1,39%) – devido a alta nas tarifas de telefonia celular (3,3%) e fixa (1,8%).

Os itens de vestuário, que vinham acumulando quedas ao logo de 2023 (-3,37%) e também nos últimos 12 meses (-6,15%), tiveram uma leve alta em maio (0,12%).

Sobre o Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 31 de maio. O índice é publicado regularmente há mais de 50 anos.

A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.

(DeOlhoNaIlha, 01/06/2023)

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