Adensamento monopoliza audiência pública sobre Plano Diretor de Florianópolis

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 13/02/2023)

A Câmara de Florianópolis abriu, nesta segunda-feira (13), o calendário de cinco audiências públicas previstas sobre a revisão do Plano Diretor, que está tramitando desde setembro do ano passado.

Foram 45 pessoas inscritas, que se manifestaram sobre a proposta entregue pelo Executivo e que é resultado das 14 audiências públicas realizadas pelo Executivo em 2022 – antes da análise do texto pelo Conselho da Cidade.

O adensamento proposto pelo projeto, para dar mais autonomia aos bairros, praticamente monopolizou os discursos durante a primeira audiência.

“O Plano Diretor de 2014 é de baixa qualidade e prejudicial, especialmente aos mais pobres, defendo uma cidade mais inclusiva para todos, por isso defendo o adensamento”, disse o morador do Centro, Pedro Tavares Fernandes. Ele criticou o movimento que existe para “obstruir a pauta” para impedir a votação do Plano, que ficou evidente durante a audiência.

Contrários à ideia manifestaram preocupação com uma possível concentração da população sem infraestrutura adequada n0 entorno. O  professor Paulo Horta,  por exemplo, disse que Florianópolis tem um “passivo ambiental, sanitário e econômico gigantesco em função das incompetências do passado” e, por isso, defendeu mais discussão sobre o projeto.