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Especialistas apontam problemas de mobilidade urbana em Florianópolis e sugerem soluções

“Domingo é assim, o morro da Lagoa lento; um ônibus subindo na frente”. Normal, não? Mas não é de hoje, e nem fala da mobilidade que desafia a Florianópolis atual. É um hit dos anos 1990, da dupla Elizah e Guinha Ramires, música tocada nos rádios dos carros que aos domingos saíam do Continente e do Centro para passeios na Lagoa da Conceição.

Como dizia a letra, dia para “afundar o pé na areia da Mole”, “aguentar o Vento Sul da tarde”, “tentar ficar menos triste mesmo sendo domingo”. A dupla de músicos ganhou o mundo, o mundo conheceu Florianópolis, a cidade recebeu um desafio. Dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram um carro para cada duas pessoas, ou seja, 521 veículos para cada mil moradores.

O pesquisador Valério Medeiros, da Universidade de Brasília (UnB), concluiu que a capital catarinense possui o segundo pior índice de mobilidade do mundo e o deslocamento mais complicado entre 21 das principais capitais brasileiras. Para ele, uma das dificuldades é a geografia da cidade. Dunas, praias, lagoas e morros impedem a continuidade da malha viária.

Salomão Mattos Sobrinho, vice-presidente do movimento FloripAmanhã, concorda que o traçado da ilha contribui. Mas lista alternativas que poderiam ajudar, como vias exclusivas para ônibus, retirada de postes das calçadas, cabeamento subterrâneo, escalonamento do horário de funcionamento do comércio e escolas. Sugestões apresentadas e debatidas em diferentes administrações. O que falta para serem colocadas em prática?

— As ideias emperram na falta de vontade de fazer um projeto e buscar recursos para viabilizá-lo. Não são levadas adiante por não serem prioridade dos gestores públicos, os quais preferem apostar em outras alternativas – observa Salomão, que foi secretário de Mobilidade na primeira administração Gean Loureiro.

Contraponto

A reportagem procurou a prefeitura de Florianópolis para questionar sobre ações para a mobilidade, citadas por Salomão Mattos Sobrinho, mas até a publicação deste texto não teve retorno sobre o questionamento.

(NSC, 21/03/2021)

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