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Buscando novos caminhos, artesãos de Florianópolis propõem o Caldeirão do Artesão

Da Coluna de Mário Motta (NSC, 08/07/2020)

As feiras de nosso artesanato local sempre foram conhecidas pela exposição da produção cultural, arte e gastronomia da forma mais direta possível entre “produtores/consumidores”. Infelizmente, com o advento da pandemia, deixaram de acontecer em seus locais de origem, devido a impossibilidade justificada de aglomerações e como as outras atividades da área cultural, foram uma das primeiras da cadeia econômica a paralisar seus serviços, e provavelmente também será uma das últimas a retornar dentro da normalidade.

Mas, a fé e a esperança em superar esses momentos tão difíceis acabaram por motivar e unir esses “profissionais amadores” (“profissionais”, pois a imensa maioria sobrevive dessa profissão e “amadores”, porque todos amam o que fazem).

Desse modo, artesãs e artesãos independentes e participantes de pelo menos sete Feiras Artesanais de Florianópolis, se uniram dentro da setorial da Cultura Popular, para pensar formas de não perderem o contato com seu público.

O movimento surgiu através de vários encontros com os integrantes e representantes das feiras locais da grande Florianópolis, organizadas através das associações das feiras de artesanato de bairro, com artesãos independentes e indígenas da aldeia Guarani.

Juntos criaram o Projeto Caldeirão do Artesão – que retoma o contato com seu público através de uma Loja Física, no centro de Florianópolis e de um outro projeto que detalho a seguir.

Devido a abertura gradual do comércio da cidade, os artesãos readquirem a possibilidade de expor seus produtos artesanais em uma loja física no centro da cidade, respeitando todos os cuidados e seguindo os protocolos de higienização.

Para tanto, estão programando um evento que acontecerá de 13 á 24 de julho de 2020, num espaço de 360 metros quadrados, na Rua Jerônimo Coelho 185, Centro – Florianópolis, com exposição e venda de criações de mais de 40 artesãos, divididos em sete associações, que representam algumas das mais tradicionais feiras de artesanato da cidade, além de artesãos individuais e um espaço destinado exclusivamente aos indígenas Guarani do Morro dos Cavalos.

No local, produtos de mais de 40 artesãos, mas diariamente estará atendendo apenas uma equipe no atendimento, respeitando todos os protocolos sanitários estabelecidos para comércio.

A loja terá uma mostra do artesanato local e o público irá encontrar inúmeros objetos para decoração em madeira, ferro e vidro, além de bordados e rendas, sabonetes, cremes, bonecas de pano, acessórios, decoração, vestuário, calçado e cestarias.

As feiras de artesanato de Florianópolis são uma expressão da nossa cultura e de nossa identidade local e em tempos de normalidade (antes da pandemia do coronavírus) sempre aconteceram nos espaços mais públicos e democráticos da comunidade: as ruas e praças onde eram expostos as mais variadas produções culturais de artistas artesãos, fruto de sua criatividade, criados e produzidos a partir de inúmeras técnicas e materiais.

É a partir das feiras urbanas que se cria o vínculo entre o artesão e seu público, sem necessidade do intermediário, e no espaço aberto, praticam livremente o movimento direto e sutil de negociação e venda e do lazer despretensioso.

Diferente da produção comercial e do trabalho em série das indústrias, o artesão carrega em si e em sua produção cultural a herança de nossa civilização, animando objetos, e guardando na nossa memória social e coletiva a herança dos antigos comércios, berço das artes visuais e das artes cênicas que encontramos na atualidade.

Além da loja física que estará funcionando no mês de julho, você também terá acesso a uma loja virtual, como parte da segunda etapa do Projeto Caldeirão do artesão.

Um espaço online, onde os artesãos disponibilizarão seus produtos, seus sites e redes sociais, para que antigos, atuais e futuros clientes possam navegar, contatar com eles e fazer suas compras via internet.

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