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Florianópolis tem inflação negativa, mas alimentos ficam mais caros

Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 04/05/2020)

A variação foi pequena, mas a trava na economia causada pelo isolamento do coronavírus fez Florianópolis fechar abril com deflação de -0,05%. Quem levou a variação para patamar negativo foram as passagens aéreas, que caíram 14,8% e os combustíveis que ficaram 2,72% mais baratos. Por isso, o grupo de transportes teve variação negativa de 3,78% em abril. Mas os preços dos alimentos, que importam muito para a população agora durante a pandemia, tiveram alta geral de 1,62% no mês.

O Índice de Custo de Vida (ICV) é calculado pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade Federal de Santa Catarina (Udesc). A inflação acumulada dos últimos 12 meses ficou em 2,88%.

No grupo de alimentos, os produtos de supermercados tiveram alta média de 2,52% enquanto os de alimentação fora de casa subiram 0,16%. Os legumes e tubérculos ficaram 36,3% mais caros; cereais, leguminosas e oleaginosas subiram 13,8%; leite e derivados 8,4%; e verduras 5,6%. Houve também forte pressão no preço da cebola, que subiu 97%; e da batata inglesa, 61%. O leite longa vida, que vem de uma série de aumentos, teve alta de 16%. Somente os preços das carnes ficaram mais baratos, com redução de 0,68%.

Também ficaram mais caros habitação (0,29%), produtos para residência (1,91%), saúde e cuidados pessoais (0,37%), despesas pessoais (0,92%) e educação (0,93%).

– A cebola, o tomate e a batata tiveram maior alta de preços nesse momento porque estão na entressafra. Os preços de leite e derivados, com alta de 8,4%, foram motivados por aumento do custo de insumos de produção. Carne de frango e ovos tiveram preços corrigidos pelo mesmo motivo. Para se ter ideia, o preço dos ovos tiveram aumento de quase 9% – explicou Hercílio Fernandes, coordenador do Índice de Custo de Vida da Esag/Udesc.

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