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Com extensão da quarentena, empresários da Capital cobram plano para salvar empresas

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 13/04/2020)

Diante da prorrogação da quarentena em Florianópolis por mais sete dias, o comércio varejista está cobrando da Prefeitura de Florianópolis medidas para enxugamento dos gastos da máquina pública e um plano estratégico para salvar as empresas e os empregos.

“Uma semana pode parecer pouco, mas para quem enfrenta um isolamento social há mais de 20 dias, esse período será o ápice para muitos empreendedores realizarem demissões em massa ou até mesmo fecharem as portas de forma definitiva”, pontuou a diretoria da CDL em nota divulgada nesta segunda-feira (13).

A entidade entende que os critérios de decisão tomadas pelo prefeito Gean Loureiro (DEM) são “completamente equivocados”, registrando que “enquanto Florianópolis se fecha, os comércios das cidades vizinhas como São José, Biguaçu e Palhoça abrem as portas para receber os consumidores da região”.

Presidente da Acif (Associação Empresarial de Florianópolis), Rodrigo Rossoni também se manifestou, questionando “qual será o plano da prefeitura pra lidar com outra estatística – a de pessoas desempregadas”.

A entidade registra que mais de 12 mil pessoas já foram desligadas na Capital desde o início da pandemia e que o número cresce “exponencialmente”.

“Entendemos que a solução passa por ouvir especialistas multidisciplinares, colocando na mesma mesa pessoas que entendem sobre como evitar o contágio e profissionais que possam desenhar táticas de modo a manter a subsistência da população de maneira segura”, registrou Rossoni.

A exemplo da CDL, a Acif também cobra medidas para redução dos gastos públicos municipais. “O simbolismo do corte do salário do prefeito e secretários será ínfimo perto do déficit que se impõe. Quem pagará essa conta? O setor privado sozinho, novamente?”, disse o presidente.

Em nota, Gean Loureiro disse que a prefeitura e as entidades empresariais têm “visões distintas” de como enfrentar a pandemia. “Todos nós queremos um comércio aberto gerando empregos, renda e com segurança. Mas nós, enquanto prefeitura, embasados em dados técnicos e com inteligência em saúde, sabemos que todas as cidades do mundo que liberaram atividades precocemente tiveram que voltar a fechá-las encarando mais mortes e colapso no sistema de saúde”, disse o prefeito.

“Desta maneira, é compreensível que entidades empresariais estejam preocupadas com a renda e o emprego dos seus associados. A prefeitura também está. Mas nós temos outro elemento nesta balança: a vida dessas pessoas e a nossa capacidade de atendê-las. E é por isso que acreditamos que precisamos de mais alguns dias para ter mais segurança, fazendo os testes que já compramos e liberando o comércio gradativamente com regras e cautela”, explicou Gean.

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