Apresentação do edital do Parque Urbano e Marina Beira-Mar Norte
28/11/2019
Integração entre transportes é desafio para melhoria da mobilidade na Grande Florianópolis
29/11/2019

Artigo de Zena Becker
Floripa Sustentável

Numa temporada que chega cheia de desafios recorrentes, como a mobilidade, a balneabilidade das praias e, ao que tudo indica, a ausência dos argentinos que injetam uma fatia considerável de recursos na nossa economia, existe um desafio que de há muito poderia ter sido superado. Trata-se da questão dos ambulantes clandestinos que, infelizmente, nos últimos finais de semana de sol e no feriadão, voltaram a invadir nossas praias – num prenúncio muito sombrio do que pode acontecer na temporada.

Obviamente que é preciso dar um voto de confiança para a Prefeitura e demais órgãos envolvidos na fiscalização e na repressão dessa atividade ilegal e perniciosa – afinal, foi ainda na sexta-feira, dia 22, que a primeira turma de ambulantes credenciados recebeu a documentação e outros materiais. Assim, espera-se que a partir de agora o jogo da fiscalização e da repressão comece para valer.

Apesar desse voto de confiança – que, aliás, também foi dado em temporadas anteriores, sem o devido retorno – temos que deixar patente, de forma incisiva e assertiva, de que é necessário mais trabalho conjunto, mais estratégia/inteligência e também mais vigor no combate a atividades que abrigam crime, ilegalidade e contravenção.

A exemplo do que ocorre na bem-sucedida Operação Lei Seca (tanto nas estradas federais como nas estaduais), o que a sociedade espera dos órgãos municipais, estaduais e federais é que trabalhem com afinco e harmonicamente no combate ao comércio clandestino.

Até as pedras da Joaquina sabem o horário (entre 8 e 10 da manhã) que os ambulantes chegam às praias. Ora, assim como na Lei Seca as operações se dão “depois da balada”, é neste momento que se deve separar o joio do trigo, ou seja, os credenciados dos clandestinos. Depois que todos entram na areia é muito difícil fazer a fiscalização.

Outra ação que parece óbvia é com relação à orientação dos ambulantes credenciados. Eles precisam compreender que os clandestinos prejudicam o trabalho e a imagem deles – e, na era dos aplicativos, espera-se que sejam orientados a utilizar essa ferramenta para denunciar a concorrência ilegal.
Com relação às centenas e centenas de vendedores de roupas, a grande maioria deles vinda de outros estados e do exterior, é um caso de polícia (federal, inclusive).

De onde vem essa mercadoria? Onde fica estocada? Quais as condições de trabalho a que estão submetidos esses vendedores clandestinos? Não é de hoje que as pedras da Joaquina sabem também que se trata de máfias, que têm por trás chefões endinheirados e capatazes que tratam os pobres ambulantes como gado.

Enfim, se temos menores chances – pelo menos a curto prazo – de resolver questões como a da mobilidade urbana, Florianópolis tem uma grande oportunidade nesta temporada de acabar de uma vez por todas com essa situação dramática, que desafia a cada um de nós.

(ND, 28/11/2019)

mm
Monitoramento de Mídia
A FloripAmanhã realiza um monitoramento de mídia para seleção e republicação de notícias relacionadas com o foco da Associação. No jornalismo esta atividade é chamada de "Clipping". As notícias veiculadas em nossa seção Clipping não necessariamente refletem a posição da FloripAmanhã e são de responsabilidade dos veículos e assessorias de imprensa citados como fonte. O objetivo da Associação é promover o debate e o conhecimento sobre temas como planejamento urbano, meio ambiente, economia criativa, entre outros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *