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Da Coluna de Cacau Menezes (NSC, 29/12/2019)

Encerrando minha jornada de 2018, quero proclamar que estou acreditando como nunca, nestes meus 50 anos de jornalismo, que Floripa já faz parte do estrelato.

A Baía Norte está sendo despoluída e a praia será engordada, criando um notável espaço de lazer para a região central e para o turismo. Uma marina, nesse mesmo local, está em licitação, projetando de vez a cidade como polo náutico e, a reboque, a vinda de gente com dinheiro que gasta mais e cria empregos de melhores salários.

A ponte Hercílio Luz, de 1926, voltará a ter tráfego em 2019, provavelmente para ônibus, e permitirá o seu uso para lazer aos domingos, criando um dos espaços (senão o melhor do país) para diversas atividades de lazer. O novo aeroporto, sob comando suíço, que começará a operar em agosto de 2019, com 10 fingers e capacidade para 8 milhões de passageiros/ano, ligará Florianópolis ao mundo, começando pela Europa Ocidental.

A praça Tancredo Neves, que é circundada pela Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Fórum da Capital e Tribunal de Justiça, portanto um dos espaços mais nobres da cidade, será transformada numa praça verdadeira, criando um equipamento para aquela desprovida região, usando o subsolo para garagem, e com isso suprindo uma grave deficiência de estacionamento na área. Nesse embalo, quem sabe o aterro da Baía Sul, desenhado pelas mãos ilustres de Burle Marx, seja transformado numa referência para a cidade, ao contrário dos maus tratos e das imundices que o caracterizam nos dias de hoje.

Florianópolis projeta-se como Cidade Unesco de Gastronomia, e são visíveis os avanços em bairros como Santo Antônio, Sambaqui, Cacupé, Ribeirão da Ilha, Coqueiros, Lagoa da Conceição e o próprio Centro.

O denominado Distrito Criativo do Centro Leste, quadrilátero com oito quarteirões, limitado pela Praça XV até a avenida Hercílio Luz e pelo Teatro Álvaro de Carvalho até o antigo Miramar, está em franco processo de recuperação, como o antigo Tribunal de Contas e a Casa da Câmara e Cadeia com obras já concluídas, e outras em perspectiva, como a Escola Antonieta de Barros, o arquivo da Receita Federal e o ícone Hotel Royal dos anos 60. O fato é que a região, hoje degradada, poderá se projetar num dos atrativos mais importantes da cidade, principalmente para o turismo.

Florianópolis como Ilha do Silício, velho sonho de Vilson Kleinübing e Fernando Marcondes na campanha para o governo em 1986, ganha corpo de forma acelerada e a cidade já tem projeção internacional em tecnologia, e no Brasil supera inclusive a gigante cidade de São Paulo.

As artes plásticas, o artesanato, a música, a moda, os esportes ganham carona nesse extraordinário processo e é surpreendente o envolvimento de um grande número de microempresários, configurando de vez Florianópolis como cidade criativa, com projeção planetária.

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