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Casan marca audiência para explicar estratégia de despoluição do rio do Braz, em Florianópolis

O mau cheiro e a coloração escura do rio do Braz dos últimos dias fizeram com que os moradores de Canasvieiras revivessem as péssimas recordações do último verão, quando houve extravasamento de esgoto in natura para o rio, poluindo o mar. No entanto, de acordo com engenheiros sanitários, Casan e prefeitura de Florianópolis, a situação atual é bem diferente. O extravasor da estação elevatória do rio está lacrado, então o odor forte e a coloração devem estar relacionados a outros fatores, como ligações irregulares da rede pluvial, material orgânico que está acumulado no fundo do rio e até o próprio cheiro do mangue. Resultado da ação civil pública que a Casan responde na Justiça Federal sobre a poluição na região, a empresa vai fazer uma audiência pública no próximo dia 7 de novembro para explicar aos moradores as ações para estancar a poluição na região.

Para a engenheira sanitária Bernadete Steinwandter, que analisou a região do rio do Braz recentemente após ser contratada como perita pela Justiça Federal, o odor forte pode e a coloração mais escura podem estar relacionados à chuva dos últimos dias.

— O mau cheiro pode ser de diversos fatores, desde ligações irregulares de esgoto na rede pluvial até a situação da matéria orgânica que decantou no fundo do rio ao longo do tempo. Uma situação importante para se lembrar é que a região tem um mangue, que também possui um odor forte – explica Bernadete Steinwandter.

De acordo com os dados do programa Se Liga na Rede, da Secretaria Municipal de Habitação e Saneamento Ambiental, no último mês um pouco mais de 2 mil imóveis foram vistoriados em Canasveiras e mais da metade apresentaram ligações irregulares.

Audiência para explicar ações

Uma ação civil pública de autoria do Ministério Público Federal (MPF) trata sobre a poluição provocada pelo sistema de tratamento de esgoto em Canasvieiras. Como resultado desta ação, a empresa se comprometeu a realizar algumas ações ambientais, e ainda uma audiência pública com moradores do bairro para explicar o que está sendo feito para evitar que a situação se agrave.

_ O ICMBio e a Floram aprovaram nosso projeto de limpeza superficial no rio do Braz, que deve ser feito pela Comcap e começar a partir da próxima semana. Além disso. No mês passado, abrimos a licitação para a realização de um estudo ambiental para o desassoreamento do rio, que deve ficar concluído até março de 2017. Vamos explicar estas e outras ações em uma audiência pública com a população – afirma o superintendente da Região Metropolitana da Grande Florianópolis da Casan, Lucas Barros Arruda.

A audiência está marcada para o dia 7 de novembro, às 19h, no são de eventos do Hotel Canasvieiras Internacional. A procuradora da República responsável pela ação, Analúcia Hartmann, informa que não deve participar da reunião por considerar que “não há avanço real para mostrar à população”. Em nota, ela comunica ainda:

_ O laudo do ICMBio, com o qual concorda nossa engenheira, esclarece que as propostas da Casan são apenas paliativas e não possuem garantia de ganhos ambientais importantes. Aliás, a Casan simplesmente não faz essa avaliação sobre as ações prioritárias.

(Diário Catarinense, 27/10/2016)

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