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Plano de Mobilidade Urbana da Grande Florianópolis projeta uma nova SC-401 para o futuro

“Naquele 12 de setembro eu lembro de estar caído no chão, as pessoas querendo me ajudar, mas não sabendo como. E eu querendo viver”. Esse é o relato do advogado João Henrique Bergamasso quase três anos depois de sofrer um acidente de moto na SC-401, Norte da Ilha. Ele conta que trafegava a cerca de 60 km/h quando perdeu o controle da moto e bateu na mureta de proteção da rodovia. Com o impacto, teve a perna esquerda arrancada. Durante um ano ficou entre a vida e a morte e passou por 11 cirurgias. As lembranças da tragédia são o paralelo da indignação de quem vê aumentar, a cada dia, a insegurança em uma rodovia na qual faltam calçadas e passarelas, sobram buracos e tem uma ciclofaixa desconexa. Em reportagens especiais, o ND e a RICTV Record estão mostrando os problemas, a falta de integração ao crescimento urbano e as soluções para o futuro da rodovia estadual mais perigosa e movimentada de Santa Catarina.
Bergamasso faz parte das estatísticas de acidentes de uma rodovia saturada. Em dezembro do ano passado, um motorista atropelou e matou o jornalista Róger Bittencourt, que pedalava pela ciclovia. Menos de um mês depois, Simoni Bridi foi atropelada quando ia de bicicleta para o trabalho. Ela não resistiu aos ferimentos e o condutor fugiu sem prestar socorro. Em fevereiro, outra tragédia. Selma Carneiro Vieira foi atropelada no km 1,8, onde está sendo construída uma passarela.
A solução apontada por especialistas passa por uma revitalização completa da estrada, transformando-a de fato em uma avenida urbana. “Há necessidade de se repensar a SC-401. Não só nas questões de infraestrutura, mas também de responsabilidade. O ideal seria uma gestão compartilhada entre Estado e município em uma transferência gradativa”, afirma o doutor em engenharia de transportes, José Lelis de Souza.
O Plamus (Plano de Mobilidade Urbana da Grande Florianópolis) pode ter a solução para a rodovia. O objetivo é remodelar os 19 quilômetros do trecho Norte, entre Canasvieiras e o elevado do Itacorubi. No canteiro central, haveria a implantação do sistema de transporte coletivo BRT (Bus Rapid Transit) com corredores exclusivos e estações em plataformas elevadas para embarque e desembarque, além de faixas de segurança com ilha de proteção para pedestres, calçadas largas e ciclovias. O custo estimado para tirar a ideia do papel é de R$ 200 milhões. Para tirar todo o Plamus do papel, seriam necessários R$ 3 bilhões.
Reestruturar a SC-401 não é prioridade
Para executar o Plamus, o principal desafio é resolver o conflito entre o chamado tráfego de passagem – rápido – e o tráfego local, segundo o coordenador Guilherme Medeiros. Mas os atuais 60 metros de largura da rodovia seriam suficientes para executar as obras sem necessidades de grandes desapropriações. “Quando a rodovia foi duplicada, boa parte dos imóveis foram desapropriados e adequados para respeitar o espaço de 60 metros ocupados. Com isso, no espaço que ali existe, de 60 metros, é possível implantar as estações no centro, os corredores de ônibus, as pistas centrais, marginais, ciclovias e calçadas”, diz.
Mas a reestruturação da SC-401 não é elencada como prioridade número um do Plamus e nem deve sair do papel tão cedo. A primeira data era começar as obras entre 2021 e 2022. Mas o governo está otimista e pretende executar a primeira etapa do projeto, na Via Expressa (BR-282), até 2018. A Secretaria de Estado de Planejamento trabalha na captação dos recursos. “Quando o Estado receber este projeto, vai aprovar e lançar a licitação em forma de PPP (parceria público-privada)”, afirma o secretário Murilo Flores.
Reclamações diárias
Congestionamentos fazem parte da rotina de quem trafega pela SC-401 diariamente. Além de ligar a região central às praias do Norte da Ilha, a rodovia é a principal via de acesso aos bairros João Paulo, Santo Antônio de Lisboa, Cacupé, Vargem Grande, Jurerê, Ratones e Canasvieiras.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 31/03/2016

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