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Cinco anos após a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Florianópolis só recicla 7% do lixo

“Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social”. As palavras de Luis Fernando Veríssimo, no conto “O lixo”, sintetizam a relação entre os cidadãos e os resíduos, mas também apontam para a motivação que levou o governo federal a criar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em agosto de 2010, por meio da Lei 12.305. Cinco anos depois, houve evolução da gestão de resíduos?

Hoje, os brasileiros produzem quase 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (no ano passado foram 78,5 milhões) – o equivalente a 387 quilos por habitante –, segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) divulgados no Panorama 2014. O índice de cobertura da coleta dos resíduos chega a 90%, mas o país ainda precisa avançar na destinação do lixo, já que quase metade disso (41,6%) acaba em lixões ou aterros inadequados.

Em Florianópolis, os quase 500 mil habitantes geraram 177 mil toneladas em 2014 e a coleta cobriu 92% deste total, de acordo com a Comcap (Companhia de Melhoramentos da Capital), sendo que todo o descarte foi feito em aterros sanitários ou industriais. Além do recolhimento do lixo nas ruas, o órgão busca sensibilizar os habitantes para que a geração de resíduos seja reduzida. “Nos últimos 12 anos, a população de Florianópolis aumentou 28% e os resíduos produzidos aumentaram 65%. Somos uma sociedade com poder aquisitivo cada vez melhor e o consumo desenfreado é o grande problema”, afirmou Antônio Marius Bagnati, presidente da Comcap.

A preocupação de Bagnati também fez parte da elaboração do PNRS, que tem como um dos pontos fundamentais o fomento à redução de geração de resíduos e o cuidado com o descarte irregular. Além deste, três aspectos norteiam a lei: fechamento dos lixões; implantação da logística reversa (as embalagens, uma vez descartadas, ficam sob responsabilidade dos fabricantes, que devem criar um sistema para reciclar o produto); e destinação apenas de rejeitos para os aterros sanitários (resíduos devem ser reciclados).

Leia na integra em Notícias do Dia Online, 08/08/2015.

mm
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