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Acesso ao aeroporto Hercílio Luz tem ponte acabada antes do tempo, mas vias estão abandonadas

Ela ainda não liga nada a lugar algum, mas a inauguração antecipada da ponte na foz do rio Tavares, na Costeira do Pirajubaé, para o governo do Estado simbolizará mais uma etapa na retomada final de construção dos novos acessos ao Aeroporto Internacional Hercílio Luz, paralisadas desde o ano passado. A previsão no centro administrativo é que até o fim deste mês sejam abertos os editais da nova licitação e definição das empresas contratadas para conclusão dos trechos abandonados.

“A ordem do governador [Raimundo Colombo] é recomeçar imediatamente os acessos”, responde o diretor de Obras do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura), Adalberto de Souza. A orientação, segundo ele, é garantir a imediata assinatura da ordem de serviço e remontagem dos canteiros de obras. Parte do novo sistema viário projetado para entorno do novo terminal  de passageiros, no entanto, ainda depende de licenciamento ambiental pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes da Biodiversidade) por contornar os limites da Resex (Reserva Extrativista do Pirajubaé), junto ao mangue do Rio Tavares.

O trajeto do projeto original, contornando o loteamento Santos Dumont e o estádio da Ressacada, foi abandonado. “Implicaria em grande volume de recursos para indenização dos moradores”, explica Souza. Paralisadas desde meados de 2014, as obras têm aspecto de total abandono.

Na Tapera, os trechos pavimentados ao lado da rodovia Aparício Manoel Cordeiro viraram ponto ilegal de despejo de lixo e entulhos e desova de corpos de animais mortos. A força da água destruiu a galeria sobre o rio Fazenda, na outra extremidade da Resex de Pirajubaé, onde se acumulam restos de construção civil e marcenaria.

Na avenida Diomício Freitas, atual acesso ao aeroporto, o trecho de mangue aterrado e terraplanado para futura duplicação se resume a camada de pedregulhos. Mantas de plástico nas laterais são insuficientes para evitar que, assim como as pistas antigas, a parte nova também seja alagada pelas marés cheias.

Ponte entregue antes do prazo

A máxima de que mineiro trabalha quieto é realidade no canteiro da nova ponte sobre o rio Tavares, no acesso à também paralisada duplicação da avenida Diomício Freitas. Atualmente os operários fazem os serviços de acabamentos da mureta lateral e do piso de cimento da ciclovia e calçada de pedestres, e preparam o piso para pavimentação com asfalto e instalação dos postes de iluminação. A previsão é inaugurar em 20 dias ou, no máximo, na primeira quinzena de agosto, ou seja, nove meses antes do previsto no cronograma inicial da obra – maio de 2016.

Em tempo de obras atrasadas ou suspensas por falta de recursos, o segredo da entrega antecipada da nova ponte, segundo o supervisor da construtora Trena, Odair Ribeiro, não é só pagamento em dia. “Trata-se de mão de obra 99% mineira. O pessoal daqui não quer pegar no pesado”, diz Ribeiro, que veio de Belo Horizonte em meados de 2014, viu o mar pela primeira vez e se apaixonou por Florianópolis, a exemplo do pedreiro Ronaldo Ribeiro Oliveira, de Montes Claros, que só não fica por aqui por causa da família que deixou em Minas Gerais.

Iniciada em junho de 2014, a ponte custou pouco mais de R$ 19,2 milhões, dinheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do Banco do Brasil. São 26 metros de extensão e largura total de 11,90 metros, sendo 7,95 metros das pistas de rolamento. Do outro lado da mureta de concreto, os 3,50 metros previstos no projeto original como ciclovia e passeio de pedestres no futuro, segundo o supervisor Odair Ribeiro ouviu falar, podem ser readequados como corredor exclusivo do transporte coletivo.

Lote 1

Extensão: 3,55 km

Duplicação da avenida Diomício Freitas, da ponte do rio Tavares à intersecção de acesso ao estádio Aderbal Ramos da Silva, na Ressacada.

Lote 1B

Extensão: 2,52 km

Obra: Abertura de via entre a intersecção da Ressacada, contornando os loteamentos Santos Dumont e Carianos e margem do manguezal da Reserva Extrativista do Pirajubaé, até Fazenda da UFSC, entre Campeche e Tapera.

Lote 2A

Extensão: 6,48 km

Acesso pela antiga Fazenda da UFSC ao novo terminal de passageiros do Aeroporto Hercílio Luz com saída na rodovia Aparício Manoel Cordeiro, na Tapera, e acesso à rodovia SC-405, entre Campeche e Rio Tavares.

Prazo para entrega dos três lotes: 720 dias

Obras complementares:

Viaduto Carianos

Galeria rio Fazenda

Passarela Rio Tavares, SC-405

Ponte sobre rio Tavares

Passagem inferior de acesso à fazenda da UFSC

Passagem inferior de acesso ao novo terminal de passageiros

(Notícias do Dia Online, 09/07/2015)

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1 Comentário

  1. Anderson disse:

    Afinal não foi a primeira vez que vimos o mar nem tão pouco será a última, e a ponte não é de 26 metros de extensão e sim de 275 metros. 26 metros de ponte seria a ponte mais cara do mundo.

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