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Entregues primeiras quatro casas modulares de 2014

Dentro do projeto de construir 40 casas modulares para moradores do Maciço do Morro da Cruz, a Prefeitura de Florianópolis entregou na manhã desta terça-feira (28), no Morro do 25, as primeiras quatro unidades que ficaram prontas em 2014. Doze moradias haviam sido entregues até dezembro; com as quatro desta terça-feira, chega-se a um total de 16 famílias beneficiadas. O projeto, orçado em R$ 2,5 milhões, prevê também a construção de 20 casas de alvenaria, todas elas no Maciço.

As chaves das novas moradias foram entregues pelo prefeito Cesar Souza Júnior e pelo secretário da Habitação, Rafael Hahne. Ana Regina Costa Custódio da Silva, 50 anos, nascida na comunidade, residia em uma casa precária e há mais de 30 anos acalentava o sonho de ter uma nova moradia. Ana irá residir no novo imóvel com o marido e um sobrinho-neto, que ela cria desde pequeno.

Ela estava inscrita no cadastro habitacional do município e também era uma demanda recente do projeto Prefeitura no Bairro. A atual moradorada da casa de número 13, estava muito feliz e emocionada, agradeceu aos envolvidos para que o sonho se tornasse realidade e em especial à assistente social de referência da comunidade, Cinthia Fenix, pelo carinho e atenção às famílias.

Tânia Clarice da Rosa Martins, 48 anos, irá residir com a família na residência de número 14. Tânia, estava no aluguel social, pois sua antiga residência, que era de madeira, estava precária, com as paredes se abrindo. Na casa ao lado, a de número 15, irá residir Maria Otília da Rosa, 66 anos, que é mãe de Tânia. Sua antiga casa também estava em precárias condições, prestes a ruir.

A última das quatro casas modulares entregues na manhã desta terça-feira, a residência de número 16, foi para Silvana Maria de Oliveira Pedro, 40 anos, moradora na comunidade desde 1991. Com as chuvas de 2008, um muro atrás de sua residência caiu, o imóvel foi interditado e Silvana estava no aluguel social desde então.

Casas modulares

A construção acontece em locais pré-determinados, com famílias previamente cadastradas no Projeto do Maciço do Morro da Cruz, que já possuem terreno. Ou as famílias perderam suas casas, ou as moradias atuais estão em situação de vulnerabilidade e não suportariam somente uma reforma para ser consideradas habitáveis.

As casas modulares são confeccionadas com chapas metálicas, que funcionam como isolante térmico e acústico, e as paredes internas e externas são formadas por painéis sanduíches [aço galvalume + Poliuretano (P.U.) + aço galvalume]. A vantagem na escolha deste tipo de obra e material é que sua execução atende às necessidades da área, que é de difícil acesso, com facilidade no transporte do material.

As unidades possuem dois dormitórios, sala/cozinha e banheiro, com área total de 39,41 m². As portas e as telhas são confeccionadas no mesmo sistema das paredes e as janelas são de alumínio, corrediças. Os imóveis têm uma garantia de 40 anos pela construtora e ainda o benefício de ser quentes no inverno e frescos no verão.

Programa habitacional

Na comunidade da Santa Terezinha I, no Monte Cristo, 12 unidades habitacionais que haviam sido ocupadas antes do término das obras e estavam com a estrutura precária foram totalmente reformadas em todo seu acabamento, telhado e infraestrutura, com ligação de água, rede de esgoto e energia elétrica e entregues no final de agosto de 2013. O loteamento recebeu pavimentação, drenagem e calçadas. No mesmo lote, ao lado, está prevista a construção de mais 25 unidades habitacionais.

Também no ano passado, foi assinado o primeiro contrato do programa Minha Casa, Minha Vida, faixa 01. O projeto, orçado em cerca de R$ 5 milhões, prevê a construção de 78 unidades habitacionais no Jardim Atlântico/Coloninha.

A comunidade da Ponta do Leal também será beneficiada com o programa Minha Casa, Minha Vida, faixa 01. A comunidade, que desde o final da década de 70 habita palafitas construídas dentro do mar na região continental, será transferida para uma nova área, num conjunto habitacional que terá 88 apartamentos. O custo total da obra é da ordem de R$ 5.632.000,00.

Demanda 

Florianópolis possui um cadastro com cerca de 14 mil famílias à espera de casa própria, aí incluídas as que dependem de aluguel. Segundo o Plano Municipal de Habitação de Interesse Social (PMHIS), publicado em 2012, há um déficit quantitativo de 7.842 famílias. Dentro desse déficit quantitativo, enquadram-se as famílias que possuem propriedades, embora em situação precária, e necessitam da reposição (ou reconstrução) completa de sua moradia.

Existe também o déficit qualitativo, que engloba as famílias que têm necessidade não apenas de uma nova unidade habitacional, mas também um novo local para a instalação dessa unidade habitacional. São os reassentamentos, como vai ser feito com os moradores da Ponta do Leal. De acordo com o PMHIS, existem 1.666 famílias nessas condições.

“Este ano de 2014 começou em ritmo acelerado, garantindo a aplicação dos recursos para aqueles que mais precisam. Será um ano de alegria para aqueles que há tempos esperam dignidade no Maciço do Morro da Cruz”, disse o secretário de Habitação, Rafael Hahne.

(Prefeitura de Florianópolis, 28/01/2014)

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