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Prefeito confirma construção de três marinas e investimentos na maricultura

Construção de três novas marinas, parceria internacional para formação de maricultores e análises técnicas que possam garantir mais qualidade na produção de ostras na Capital, além da abertura de novos mercados a partir de 2014. Essas foram as medidas anunciadas ontem pelo prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior, em coletiva à imprensa no retorno ao cargo depois da primeira viagem internacional oficial para a França e a Inglaterra.

As novidades são resultado da retomada de parcerias internacionais. Uma delas é a parceria técnica que estava inativa desde 2005, com a universidade de La Rochelle, departamento de Charante-Maritime, na França, para a formação de maricultores. A cidade de Rochelle tem 13 mil vagas para embarcações em cerca de 60 quilômetros de costa e, segundo o prefeito, serve de exemplo a Florianópolis no que se refere ao acesso marítimo. “Nós não chegamos a 500 vagas. Lá são marinas simples, porém bem estruturadas. Precisamos avançar neste setor e para isso, até o final do ano, vamos firmar parcerias público-privadas para a construção de três marinas na Capital”, anunciou o prefeito.

Projetos garantem análise técnica internacional

Além da construção das marinas, a parceria internacional vai garantir mais projetos no setor. Um deles é no campo científico, através da parceria com o Institut Français de Recherche pour l’Exploitation de la Mer (Ifremer), em que a Capital  terá acesso a todas as pesquisas técnicas e científicas na área de maricultura. “É um instituto de mais de 100 anos, com as melhores tecnologias do mundo para pesquisas cientificas sobre todo o ciclo de produção de ostras, da semente até o final”, explicou Cesar Souza Júnior.

Nesta parceria, Florianópolis contará com duas ações importantes: uma é a vinda em novembro dos técnicos do instituto Francês para análise da qualidade das ostras na Capital e a outra é a avaliação técnica da possibilidade da instalação do sistema de tratamento de esgoto no Rio Tavares, Sul da Ilha,   sem prejuízos para o cultivo dos moluscos. “Avançamos em produção, mas precisamos nos adequar aos padrões internacionais. Tendo esse padrão europeu, teremos um produto melhor e podemos abrir novos mercados”, disse o prefeito. Sobre a instalação do sistema de tratamento de esgoto no Rio Tavares, Cesar Souza Júnior afirmou que só será autorizada se o instituto Frances constatar que a obra não será prejudicial à produção de moluscos.

Produtores da Capital irão para a França

Outras duas ações resultam da parceria internacional feita pelo município com o Lycée de la Mer et du Littoral, em Bourcefranc (também no departamento de Charente-Maritime). O acordo permitirá, por ano, a partir de 2014, que 12 produtores de moluscos viajem à França para acompanhar durante 60 dias cursos centrados nas novas técnicas de cultivo e nos cuidados com a sanidade e a qualidade da produção. Também serão abertas duas vagas por ano para cursos de pós-graduação na área de maricultura. “Os produtores vão sem custo algum, ficarão hospedados na própria escola e aprenderão o que há de mais avançado no mundo na área”, declarou o prefeito.

Para Florianópolis, com assessoria técnica do Lycée, a prefeitura vai criar, em nível de Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), o primeiro curso de maricultura do país.

Na Inglaterra, o assunto foi mobilidade

O prefeito também esteve em Londres, onde foi conhecer o Pod-Sit, sistema elétrico de transporte de passageiros desenvolvido pela empresa britânica Ultra, que opera no aeroporto de Heathrow e é um dos elementos de mobilidade em estudo para região da Grande Florianópolis. Em Londres, Cesar Souza Júnior firmou convênio com a Universidade de Oxford, para uma “linha direta” com tudo o que se produz ou se produzirá em termos de transporte público. “Precisamos nos antecipar 20 anos quando o assunto é mobilidade a partir de agora. Eles estão muito avançados e apresentam um projeto como o Pod-Sit simples, que não prejudica o meio ambiente, que vai de canto a canto e não é tão caro. Precisamos de novos modais em Florianópolis e o sistema elétrico de transporte é uma boa alternativa para nós que não temos como bancar um metrô, por exemplo. Mas tudo está em estudos e precisamos buscar parcerias e recursos”, destacou Cesar Souza Júnior.

(ND, 08/10/2013)

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