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Transporte marítimo volta a ser discutido em Florianópolis com propostas entregues ao governo

A lenda urbana transporte marítimo volta à discussão em Florianópolis nessa semana. Na segunda-feira, duas empresas entregaram ao governo as propostas para a mobilidade da região com o modal como destaque. Uma delas detalha sua ideia nesta terça, enquanto a outra prefere esperar a manifestação do Estado, que deve ocorrer na quarta.
As propostas do consórcio Floripa em Movimento e da empresa CCR foram entregues nesta segunda-feira. Em comum, as duas trabalham com a ideia do transporte marítimo para melhorar a mobilidade urbana na região, um dos principais problemas na Grande Florianópolis.
As empresas fazer estratégias opostas. Nesta terça-feira, na Alesc (Assembleia Legislativa) haverá uma coletiva de imprensa do Consórcio Floripa em Movimento, que vai detalhar a ideia do transporte marítimo, monotrilho e um pod-sit (carro elétrico) que fará a travessia das pontes.
Já a CCR, por meio da assessoria de imprensa, informou que só vai se manifestar após os trâmites da PMI. Ela trabalha com a ideia de transporte marítimo ligado ao transporte coletivo.
A PMI da Mobilidade (Procedimento de Manifestação de Interesse) teve um caminho longo até chegar às propostas. Desde que entrou no governo, Raimundo Colombo discutia a possibilidade de fazer a quarta-ligação por uma ponte ou túnel submerso. Chegou a lançar um edital, mas voltou atrás.
Em maio, lançou a PMI da Mobilidade. Das empresas que apresentaram propostas, três foram escolhidas. Uma delas, que incluída teleférico, deixou o trâmite.
Na SC Parcerias, que comanda a PMI, os projetos foram abertos nessa segunda-feira, às 18h. Técnicos se debruçam sobre os detalhes para entendê-los. Provavelmente na quarta-feira, o governador detalha as duas propostas.
Entenda as propostas
CCR (Transporte marítimo ligado ao transporte público )
Sistema de transporte marítimo, para passageiros e veículos, entre a Ilha e o Continente, na Grande Florianópolis, por meio de uma PPP (parceria público-privada). O estudo prevê ferry boats com capacidade para até cem veículos e modelos de barcas com capacidade entre 400 e 200 passageiros. Valor do projeto: R$ 5,5 milhões.
Estratégia de divulgação: Só vai se manifestar após o governo cumprir com a avaliação e os trâmites da PMI.
Consórcio Floripa em Movimento (pod-sit, monotrilho e transporte marítimo)
Estima o custo de R$ 2,63 por passageiro transportado por pod-sit (carro elétrico) e de R$ 6,83 por passageiro no monotrilho (dados preliminares, que devem ser validados com a entrega dos estudos finais). Considerando uma demanda de 100 mil passageiros por dia, resulta em um custo anual entre R$ 94,6 milhões e R$ 245,8 milhões. Valor do projeto: R$ 6,8 milhões.
Estratégia de divulgação: Vai apresentar o projeto em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, na assembleia legislativa, às 15h.
Passo a passo
– Em 2011, o governo estudava fazer a quarta-ligação entre Ilha e Continente, em Florianópolis. Pensou-se em ponte ou túnel submerso. Chegou a lançar um edital. O Notícias do Dia mostrou que os valores estavam muito alto, cerca de R$ 30 milhões.
– No início de 2012, o edital foi suspenso. Em maio, o governo lançou PMI da Mobilidade Urbana (Procedimento de Manifestação de Interesse), com a ideia de receber projetos que priorizassem o transporte de massa.
– Governo escolhe três para detalhar os projetos. Uma desiste. Nesta segunda-feira, as duas empresas entregaram as propostas detalhadas.
– Terça-feira, às 15h, na Alesc, o Consórcio Floripa em Movimento detalhará sua proposta. A CCR só se manifestará após o governo  avaliar os projetos.
– Provavelmente, na quarta-feira, às 10h, o governador Raimundo Colombo detalhará as duas propostas.
– Em dezembro é esperado o edital, após a escolha de uma das propostas. Ambas serão analisadas por especialistas do governo na área.
Teleférico ficou para a prefeitura
 Se o consórcio que estudava a implementação do teleférico deixou o PMI da Mobilidade, a prefeitura continua fazendo o projeto para implementar o equipamento entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Centro. O município tem até março para apresentar o projeto básico.
O prefeito César Souza Júnior anunciou a data após reuniões em Brasília, no início do mês. A instalação dos equipamentos faz parte do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade, que prevê injeção de R$ 162 milhões do governo federal para obras de mobilidade urbana em Florianópolis.
O projeto está sob responsabilidade da Secretaria de Obras. Será apresentado à Caixa Econômica Federal, que depois de fazer uma avaliação enviará a documentação para habilitação do ministério.
De acordo com os primeiros estudos apresentados, o sistema de teleféricos da Capital terá 120 cabines, com capacidade para oito passageiros cada, podendo transportar até 15 mil pessoas por dia.
(ND, 19/08/2013)

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