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Melhorar transporte público economizaria US$ 70 tri no mundo até 2050

Nesse momento em que os brasileiros cobram mudanças no transporte público, um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) vem trazer ainda mais dados que reforçam a necessidade de repensar a mobilidade das cidades.
Intitulado A Tale of Renewed Cities (Um Conto de Cidades Renovadas), o documento afirma que até 2050 o consumo de energia do setor de transportes urbanos deve dobrar e que promover melhorias que evitem esse cenário pode resultar na economia de até US$ 70 trilhões.
“Com a fatia da população mundial vivendo em cidades chegando a 70% até 2050 e com a expectativa de que o consumo de energia do transporte dobre, a necessidade de soluções eficientes, baratas, seguras e de alta capacidade se torna mais aguda. Medidas urgentes para melhorar o transporte urbano se fazem necessárias não apenas pelo motivo de segurança energética, mas também para mitigar os numerosos impactos negativos, como a poluição do ar, congestionamentos, barulho e os efeitos no clima”, explicou Maria van der Hoeven diretora executiva da AIE.
Segundo o relatório, que avaliou 30 cidades de todo o mundo para identificar exemplos práticos do que pode ser feito para melhorar esse panorama, o consumo de energia pelo transporte cresceu 30% na última década e as emissões de gases do efeito estufa subiram quase dois bilhões de toneladas de CO2 equivalente por ano desde 2000.
Em todas as iniciativas citadas, a agência destaca que as medidas bem sucedidas são aquelas que favorecem o transporte coletivo, alterando o paradigma de muitos países que colocam os automóveis como prioridade, e por isso investem bilhões em obras como viadutos e duplicação de vias.
Por exemplo, Buenos Aires, em 2009, tinha 54% dos dois milhões de pessoas que moram em cidades satélites e em bairros de periferia indo trabalhar na capital argentina em automóveis. Para alterar essa situação, que provocava congestionamentos e prejudicava a vida de todos, foi criado o Plano de Mobilidade Sustentável. Através dele, foi feita a expansão de vias exclusivas para ônibus, colocados em prática programas de empréstimo de bicicletas e implementado o sistema de BRT (Bus Rapid Transit – ônibus de alta capacidade, na Argentina batizado de Metrobus). O resultado teria sido tão positivo que a cidade agora planeja aumentar para 200 km o total de corredores de BRT e passar as estações de bicicletas de 21 para 100 até o fim deste ano.
Outro vizinho do Brasil, o Uruguai, desenvolveu um mecanismo de ajuda financeira para que as companhias de transporte público possam investir em melhorias. O Fundo de Financiamento para o Transporte Público Urbano de Montevidéu possui US$ 46 milhões que estão à disposição das empresas a taxas menores do que as do mercado, desde que, é claro, os recursos sejam utilizados em medidas que favoreçam diretamente a população, como a aquisição de mais ônibus ou a modernização dos pontos.
O México criou um modelo parecido com o uruguaio, o Programa Federal de Trânsito de Massa (PROTRAM), que financia projetos de transporte em todo o país. Desde 2009, o mecanismo ajudou a tirar do papel mais de 30 iniciativas, como três novas linhas de trens suburbanos na Cidade do México, sistemas de transporte ferroviário em sete municípios e 25 corredores de BRT em 16 cidades. Com o PROTRAM, o governo mexicano conseguiu captar, apenas em 2010, mais de US$ 350 milhões junto ao Fundo de Tecnologias Limpas do Banco Mundial.
“Governos precisam pensar além das tecnologias individuais e ciclos eleitorais, e considerar como construir – e como renovar – as cidades que deverão acomodar e transportar cerca de 6,3 bilhões de pessoas até 2050. Precisamos planejar a infraestrutura, a logística e os sistemas de energia que façam sentido hoje, mas que também cumpram seu papel nas próximas décadas”, concluiu van der Hoeven.
(Akatu, 10/07/2013)

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