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Além de poluída, Lagoa da Conceição também está assoreada

Carlos Rogério Poli, biólogo com doutorado em oceanografia biológica e pesqueira e professor aposentado da UFSC, tem certeza que o assoreamento é o grande mal da Lagoa da Conceição, bem mais sério que a poluição por esgoto. E aponta o canal da Barra como o maior transportador dos sedimen­tos acumulados no fundo, supe­rando a ação do vento e eventuais erosões nas margens ocupadas.

“Antes de ser retificado, era um rio sinuoso que amortecia a for­ça da água do mar e assoreava as próprias curvas. Com intervenção humana para viabilizar o tráfego de embarcações pesqueiras e de turismo, formou-se um canal pra­ticamente retilíneo”, argumenta Poli. Pelos estudos dele, sem as curvas, os sedimentos arrastados pelas correntes do Litoral se acu­mulam nos molhes e são levados pelo canal até o leito da lagoa.

Segundo Poli, o canal pode ajudar na oxigenação, mas os efeitos do assoreamento serão ir­reversíveis. “Poluição se controla. Se reduzir a carga de nutrientes do esgoto, teremos lagoa limpa, o mar entra limpo. Mas se não forem criadas áreas onde estes sedimen­tos se acumulem antes de chega­rem à lagoa, ela estará condenada à morte”, conclui.

Para ele, a dragagem seria um projeto caro e inócuo. “O material retirado certamente seria descarta­do no mar, de onde, se não houver correção no sistema de molhes, vol­taria com as correntes”, garante.

Além do excesso de nitrogênio e fósforo e outros nutrientes leva­dos pelo esgoto sem tratamento, o volume de embarcações navegan­do e de carros em trânsito no en­torno também são nocivos à lagoa. Tintas e eventuais vazamentos de combustíveis também aceleram o processo de contaminação.

(ND, 14/12/2012)

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