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Incerteza nos prazos da Ponte Hercílio Luz

Já se passaram sete meses e nem metade dos pilares que sustentarão a estrutura provisória do vão central foram fincados no mar. Apesar da lentidão do serviço, o governo do Estado garante que a obra não vai atrasar e a primeira etapa da restauração será entregue em janeiro de 2012.
Com a sucessão de atrasos na restauração da Ponte Hercílio Luz, fica difícil ter certeza do cumprimento do cronograma. Após o adiamento da conclusão da obra de 2012 para 2014, agora a lentidão é com o estaqueamento para a construção da estrutura provisória – que apoiará a travessia durante a obra.
Os 16 pilares deveriam estar fincados em março, prazo que passou para setembro e depois para dezembro de 2011 e janeiro de 2012. Se passaram sete meses, e apenas seis pilares estão cravados no mar. Mesmo assim, o governo do Estado e o Consórcio Monumento garantem que não haverá mais prorrogações. Será que dessa vez a promessa será cumprida?
Desde quando se optou por fazer a troca da barra de olhal – cabeamento parecido com uma corrente de bicicleta, que segura a ponte – com o apoio da estrutura provisória, em 2009, o estaqueamento foi uma incógnita. Isso devido à imprecisão da distância da rocha sã – sem fraturas –, onde os pilares deveriam ser cravados com segurança no mar.
Conforme técnicos do Departamento de Infraestrutura (Deinfra), a verificação da distância das rochas não foi feita nos pontos exatos onde posteriormente foi projetado o estaqueamento. A sondagem utilizada foi elaborada pelo Consórcio Sondotécnica/Ingerop, responsável pelo projeto original de restauração, em 2005, quando não se previa a estrutura provisória. Pela decisão do governo e empresa, uma nova sondagem não seria necessária, pois atrasaria e tornaria o processo mais caro.
A avaliação apontava que a distância entre o nível do mar e a rocha sã era de 30 metros em toda a largura do canal, mas, ao chegar na quinta e na sexta estacas, mais ao centro, esta distância alcançou 60 metros. As próximas seis devem estar na mesma situação, segundo o Consórcio Monumento informou ao Deinfra. Isso aumentou de 15 para 25 dias o tempo para cravar os dois últimos pilares.
O Deinfra e as empresas responsáveis pela obra afirmam que essa diferença é comum em uma sondagem, porque existem rochas fissuradas acima da intacta que podem ter “enganado” os equipamentos de verificação.
O coordenador do Curso de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Norberto Olmiro Horn Filho, observa que era conhecido que existem muitos pedaços de rochas, argila e cascalho e que a rocha sã na parte central era mais ao fundo.
– A profundidade aumenta ao centro de canal e propicia mais erosão ao fundo. Por isso, nas margens as rochas são encontradas mais cedo.
Imprevistos teriam atrasado os serviços
Mas o Deinfra e as empresas executoras e supervisoras afirmam que a falta dessa informação no resultado da sondagem ou uma específica nos pontos dos pilares não contribuiu para o atraso na conclusão do estaqueamento. Dizem que os maiores problemas foram dois imprevistos: a morte de um mergulhador em janeiro, e a prisão de uma broca em uma rocha fraturada. O equipamento levou dois meses para ser retirado.
Das 10 estacas que faltam, o mais provável, segundo os técnicos, é que seis estejam a 60 metros de profundidade e quatro a 30 metros. Se levar o mesmo tempo que as já fincadas, o trabalho será concluído só em maio.
Mesmo com essa possiblidade real, o presidente do Deinfra, Paulo Meller, mantém o cronograma de finalização do estaqueamento.
– Não venceu o prazo ainda. A empresa tem tempo de cumprir com o prometido – espera Meller.
O Consórcio Monumento e a supervisão alegam que as próximas 10 estacas serão mais rápidas porque os operários já adquiriram experiência na colocação dos pilares e, se necessário, serão estendidos o horário e os dias de trabalho – compromisso levantado anteriormente. Já o impacto financeiro do estaqueamento mais profundo não deve ser significativo. Conforme as empresas, deve ser de no máximo 1% no custo de R$ 60 milhões da estrutura provisória.
(Por Roberta Kremer, DC, 13/10/2011)
Ilha 3 continua parada
A manutenção da balsa Ilha 3 não fugiu à regra do atraso. A embarcação, que serve como canteiro de obras flutuante para a restauração da Hercílio Luz, foi para a manutenção na semana passada e deveria estar pronta na última sexta-feira. Até ontem, ela permanecia às margens da Baia Sul, próximo à cabeceira continental da Ponte Pedro Ivo Campos. Como é utilizada para o estaqueamento, o tempo que ela fica fora de utilização influencia na conclusão da estrutura provisória necessária para tirar um dos maiores cartões postais do Estado do risco de queda.
A balsa foi retirada de operação para revisão das vedações e troca de peças nos maquinários, como o rebocador e geradores. O cuidado preventivo é necessário devido à maresia, que danifica rapidamente os equipamentos. A Ilha 3 pesa cerca de 180 toneladas e suporta até 400 toneladas de material.
Esta é a primeira manutenção desde dezembro de 2010, quando foi lançada ao mar. A Ilha 3 deveria ter começado a auxiliar os trabalhos na ponte em setembro, mas atrasou três meses para revisões necessárias para aumentar a segurança e demora na entrega da licença pela Marinha.
A Hercílio Luz foi interditada em 1982 com base em um laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo. Isso porque uma das barras de olhal – que seguram a ponte – foi danificada e, na época, reforçada apenas com cabos de aço. A estrutura provisória servirá de apoio para a ponte durante a troca desse cabeamento.
(DC, 13/10/2011)
Colombo está com projeto de fundação
O projeto que cria a Fundação Hercílio Luz está na mesa do governador Raimundo Colombo para ser encaminhado à aprovação da Assembleia Legislativa. É necessário consolidar a instituição para captar recursos pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.
O custo total da restauração é de R$ 170 milhões. Foram investidos R$ 40 milhões e o restante deve ser buscado com a ajuda do recurso de isenção fiscal.
O Estado tem que agir rápido, pois tem apenas um mês e meio para entregar a proposta ao Ministério da Cultura (Minc) para garantir a verba no próximo ano.
Custear a restauração pela Lei Rouanet é uma das principais metas do governo de Colombo, que anunciou a medida assim que assumiu o cargo. A criação da fundação foi recomendada pelo secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do Minc, Henilton Menezes, que visitou Santa Catarina em 22 de agosto.
No encontro, foi anunciado que o projeto iria para a Assembleia naquela semana, mas já se passaram 50 dias. O secretário de Estado de Infraestrutura, Valdir Colbachini, espera que Colombo encaminhe a proposta até o dia 19, quando o governador viaja à Europa.
(DC, 13/10/2011)

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