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A avenida Beira-mar Norte dos sonhos

Projeto desenvolvido pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis cria o Parque Urbano da Baía Norte

Se a revitalização da avenida Beira-mar Norte, inaugurada em março, deu novos ares a um dos principais cartões-postais da Capital, imagine a execução do projeto acima? Moderno? Sim. A ideia é transformar a área de beleza privilegiada no Centro da cidade em parque urbano para práticas esportivas e de lazer. Recente? Não. Foi criado em 1993 pela arquiteta Vera Lúcia Gonçalves da Silva, do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis), hoje diretora de Planejamento do órgão. O desafio, passados quase 20 anos, é tirá-lo do papel. Prova de que nem sempre falta planejamento, mas sim execução do que foi planejado.

“A Beira-mar era e continua sendo o ponto mais confortável da cidade para lazer. O projeto era uma antecipação do que mais tarde seria necessário em função do aterro natural da região provocado pelo movimento da maré”, afirma Vera Lúcia. “A intenção era criar faixa de areia suficiente para instalar equipamentos como marina, atracadouro público e privado, quadras de esportes de praia, biblioteca, espaço para feiras e apresentações”, lembra.

“É um sonho que infelizmente não conseguirei realizar no meu governo”, diz o prefeito da Capital, Dário Berger. Segundo ele, projeto dessa natureza pode demandar até quatro anos para obtenção de licenças. Embora não exista orçamento, estima-se que o custo para execução extrapole a capacidade financeira da prefeitura, mas esse não é o maior problema, na avaliação de Berger.

“De dinheiro, após o projeto aprovado, nós corremos atrás. Lamentavelmente ainda há muito preconceito na cidade, fruto do próprio desconhecimento das pessoas”, avalia. “Nós precisamos fazer algo diferente, porque a cidade cresceu, mas ainda não estamos institucionalmente e psicologicamente preparados para um projeto como esse”, relata o prefeito, referindo-se ao que chama de resistência de pessoas e instituições públicas para grandes mudanças na Capital. “A sociedade precisa conhecer o projeto e participar das discussões”, defende Vera Lúcia.

O projeto

* O Parque Urbano da Beira-mar Norte, projeto desenvolvido em 1993, ocuparia uma área de 382 mil metros quadrados e prevê 287 mil metros quadrados de aterro.

* O desenho do aterro já previa a quarta ligação entre Ilha e Continente pela Beira-mar Norte, conforme previsto no Plano Diretor.

* A arborização em toda a extensão é outra marca do projeto.

* Uma das alternativas para a viabilização seria uma PPP (parceria público-privada). Em troca de executar as obras, a iniciativa privada teria a concessão por prazo determinado para explorar atividades comerciais no local.

Programa de equipamentos

Aquário Municipal

Concha Acústica

Restaurantes

Quiosques/bares

Trapiches

Plataforma de pesca

Farol da Ilha/Biblioteca

Quadras de esporte

Posto Policial

Coreto

Área para prática de skate

Área coberta para roller (patins)

Play Ground

Ciclovia

Área para Administração do Parque

Área de Estar

Jardins

Área para instalação de equipamentos de feiras (artesanato, antiguidades, etc)

Ilha da Cultura

Para criar a Ilha da Cultura será necessário um grande aterro entre o Beiramar Shopping e o Koxixo’s. Na ilha, haveria um centro de informações turísticas, um farol com visualização em 360° da paisagem local e biblioteca, pontos de atracação de pequenas embarcações, quiosques e restaurantes. O desenho prevê também concha acústica de costas para o Continente. “Assim, o público poderia contemplar o pôr do sol durante uma apresentação”, explica a arquiteta Vera Lúcia.

Marina

A proposta é construir uma marina no local onde há um trapiche. Segundo a arquiteta Vera Lúcia, são dois “braços”: um público – porque não se pode impedir o acesso das pessoas – e outro particular. Em um dos braços, poderia ser instalado um restaurante, bar ou café, como opção gastronômica a quem frequentasse o local.

Esporte e feiras tradicionais

Três quadras para a prática de esportes de praia, como vôlei e futebol, por exemplo. À esquerda, há uma espécie de marco em um terreno circular. Ali poderiam seriam realizadas feiras tradicionais de artesanato e cultura açoriana. À Beira-mar, um pequeno trapiche. A intenção é aproximar a população da água.

Segurança

Em 1993, quando o projeto foi desenvolvido, a Beira-mar Norte ainda tinha característica de Via Expressa, por isso foram colocadas quatro passarelas em toda a extensão da avenida. Hoje, com a instalação de semáforos e faixas de pedestre, a própria arquiteta Vera Lúcia acredita que as passarelas não sejam mais necessárias.

(Por Maiara Gonçalves, ND, 20/09/2011)

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