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Sempre que chove, áreas na Tapera, Campeche, Rio Vermelho e Ingleses, em Florianópolis, alagam

Problema está na ocupação desordenada do solo e dificuldades na execução de obras de drenagem. Descarte inadequado de lixo também contribui
Chova muito ou pouco há lugares que sempre alagam na Capital. É só começar os primeiros pingos para que moradores das ruas Domingo Luiz, no bairro Ingleses, e Manoel Teixeira, no Rio Vermelho, ambas no Norte da Ilha, acionem a Defesa Civil reclamando dos alagamentos. No Sul da Ilha a situação também se repete na Tapera e nas Areias do Campeche. Os deslizamentos também põem a comunidade em alerta e acontecem geralmente no maciço do Morro da Cruz.
O problema da ocupação urbana sem planejamento vem à tona sempre que a natureza se manifesta. Por não ter evitado no passado a construção de moradias em áreas inadequadas e de risco, cabe ao poder público administrar a situação. De acordo com o secretário de Obras da Capital, engenheiro Luiz Américo Medeiros, sistemas de drenagem diminuem os alagamentos em áreas onde houve construção desordenada, mas há empecilhos.
Nos Ingleses, o município começou uma obra de drenagem que foi embargada pela Fatma por falta de estudos ambientais. Segundo Medeiros, assim que o impasse for resolvido, quatro meses serão necessários para finalizar o trabalho. “Vai diminuir os alagamentos no local”, afirma. No Sul da Ilha, a construção de casas em locais muito baixos também compromete o sistema de drenagem. “São pontos baixos de passagem natural de água, mas com a construção sobre o terreno realmente impossibilita qualquer obra”, alega o secretário.
A população também contribui. Boa parte construiu em área inadequada, sem planejamento, consulta aos órgãos reguladores ou profissionais habilitados e, como resultado, em época de chuva forte precisa lidar com alagamentos e deslizamentos. “Há áreas naturalmente alagáveis, mas a impermeabilização do solo também pode deixar o terreno propício a alagamentos”, diz Medeiros.
Descarte inadequado de lixo piora situação
Outro grande problema é o acúmulo de lixo nas encostas, rios e terrenos baldios. A chuva lava as áreas e arrasta os resíduos para as redes pluviais que entopem e fazem a água acumular. Segundo o presidente da Comcap, empresa responsável pelo recolhimento do lixo na Capital, Antonio Marius Bagnati, em dias de chuva a coleta é cumprida normalmente, mas a dificuldade aumenta bastante.
“Em toda a cidade a equipe recolhe colchão, sofá, restos de construção, latas de tinta, sacos plásticos, mas a população volta a jogar lixo em determinados pontos e isso provoca o entupimento da rede e os alagamentos”, diz. “Nos morros a situação piora porque o material vai parar no sistema de drenagem, o que compromete muito a rede”, observa.
Saiba mais
O que deve fazer o poder público
* Obras de drenagem e muros de contenção em encostas
* Fiscalizar as construções irregulares
* Recolher o lixo e varrer as ruas diariamente
* Promover ações de conscientização sobre a ocupação ordenada do solo e o descarte correto de lixo
O que deve fazer o cidadão
* Não construir em áreas muito baixas e encostas
* Consultar a prefeitura antes de qualquer obra
* Contratar profissionais habilitados para projetar e executar a obra
* Colocar lixo devidamente acondicionado nos pontos de coleta no máximo duas horas antes do horário em que passará o caminhão da Comcap
* Não descartar lixo pesado em local inadequado. Para isso a Comcap tem agendamento de coleta pelo fone 0800-643-1529
Fonte: Comcap e Secretaria de Obras
(Por Maiara Gonçalves, ND, 10/08/2011)

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