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Florianópolis tem projeto de uma quarta ponte Ilha-Continente

Ponte estaiada entre a Colombo Salles e a Pedro Ivo é o projeto do Deinfra para a quarta conexão
Imagine uma quarta ligação entre Ilha e Continente utilizando o vão entre as pontes Colombo Salles e Pedro Ivo. Uma ponte no estilo estaiado, semelhante àquela que virou cartão-postal de São Paulo, com longos cabos segurando a pista, considerada uma mistura de tecnologia de engenharia e arte. Esse é o objetivo do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura de Santa Catarina), que apresentará o esboço do projeto ao governador Raimundo Colombo nos próximos dias.
A intenção é inovadora e, ao mesmo tempo, polêmica. Certamente vai gerar questionamentos, especialmente com relação à “concorrência” que uma ponte estaiada traria à ponte Hercílio Luz, além de manter o fluxo do trânsito na mesma direção. No entanto, o que se tem certeza é que uma nova conexão entre Ilha e Continente já está mais que atrasada.
“É preciso uma alternativa. Hoje, o trânsito nas pontes está próximo da saturação”, alerta o presidente do Deinfra, Paulo Meller. Ele cita que em novembro de 2010, na ponte mais movimentada do Brasil, a Rio-Niterói, transitam 140 mil veículos por dia. O fluxo na Colombo Salles e Pedro Ivo, na mesma época, chega a 170 mil veículos diariamente.
De acordo com Meller, a ideia da ponte estaiada entre as atuais travessia surgiu em 2007, mas ainda está em fase bastante embrionária. Após a apresentação do pré-projeto ao governador – e o esperado aval dele ao desenvolvimento da obra – o departamento deverá contratar o estudo de viabilidade e projeto básico, para enfim chegar ao orçamento. Meller, embora como engenheiro civil consiga estimar o valor aproximado de uma obra deste porte, prefere não apontar números, pelo menos por enquanto.
Sem previsão para começar

Após a aprovação do governador Raimundo Colombo, viriam os licenciamentos ambientais, da Marinha e do Patrimônio da União, processo burocrático que pode levar meses ou até anos. Para construir o elevado do Rita Maria, cujas obras começam na segunda-feira, a Prefeitura da Capital levou praticamente dois anos para conseguir autorização do Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em função da alteração paisagística em torno da ponte Hercílio Luz. O tempo efetivo de execução da obra está estimado em cerca de três anos.
A nova ponte integra um sistema viário que liga a BR-101 ao túnel Antonieta de Barros. No lado continental, ela passaria por cima dos acessos já existentes aos bairros Coqueiros e Estreito. Alças de acesso ao Centro da Capital e ao Norte da Ilha também seriam construídas, mas tudo isso ainda está em fase de planejamento.
O sistema viário do lado continental também sofreria modificações para comportar a construção da quarta ligação e a ampliação da Via Expressa (necessária para dar vazão à nova ponte). “O Deinfra realiza o estudo desde 2007, enquanto o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) avalia a quadruplicação da BR-282 (Via Expressa). A proposta é casar os dois projetos”, informa o presidente do Deinfra, Paulo Meller.
A PONTE ESTAIADA
* As pontes Colombo Salles e Pedro Ivo têm, cada uma, 18 metros de largura. Há, entre elas, um vão de mais 18 metros, espaço utilizado para posicionar as vigas de sustentação da nova ponte.
* A ponte estaiada teria 27,60 metros de largura, portanto, seria construída aproximadamente oito metros acima do nível das atuais pontes.
* Seriam quatro pistas de rolamento (duas para cada sentido) mais duas pistas de acostamento
* Haveria uma ciclovia e uma pista para pedestres em cada lado
* Deinfra não divulgou estimativa de valor da obra
FONTE: DEINFRA
Futuro da Hercílio Luz ainda está indefinido

Embora se fale em quarta ligação, enquanto as obras de reforma da ponte Hercílio Luz estiverem em execução, as opções de deslocamento Ilha-Continente se restringem às pontes Colombo Salles e Pedro Ivo. O Deinfra, responsável pelas obras na Hercílio Luz, ainda não sabe informar qual será o destino do maior símbolo de Florianópolis.
“A reforma foi projetada para tráfego pesado, mas ainda não se sabe o que será feito. Essa é uma decisão que não cabe apenas ao Deinfra”, informou o presidente Paulo Meller, ressaltando que haverá a participação de outras secretarias do governo do Estado para decidir se a ponte será reaberta ao tráfego de veículos, ao de pedestres e ciclistas ou receberá o chamado metrô de superfície.
(Maiara Gonçalves, ND, 12/02/2011)

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