Cultivo de mariscos está com a licença ambiental suspensa desde 2008 e compromete produtores
A produção de mariscos na próxima temporada está comprometida em SC. Os maricultores do Estado vivem, atualmente, em uma encruzilhada entre a exploração regular dos mexilhões e o sustento da família.
Na semana passada, a Justiça Federal negou a liminar da Defensoria Pública da União (DPU) em favor dos maricultores. O pedido era para que a extração de sementes de mexilhões fosse feita durante o período de defeso da espécie, que começou em 1º de setembro e segue até 31 de dezembro. A licença ambiental para a atividade está suspensa desde o encerramento, em 2008, do termo de ajustamento de Conduta (TAC) concedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O termo, criado em 2003, foi prorrogado porque, na época, a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (Seap) pediu um prazo maior para resolver a regularização da exploração da atividade.
Com a prorrogação encerrada, em 2008, o Ibama deixou de conceder a licença ambiental para que os produtores extraíssem as sementes dos mexilhões nos costões. Desde então, não há autorização para a colheita, e a produção de mariscos está comprometida, o que afeta diretamente a vida de quem depende da atividade para sustentar a família.
A situação da maricultura catarinense é polêmica desde a licença provisória, quando o Ibama autorizou, temporariamente, que 541 maricultores com o TAC explorassem a atividade, até que fosse resolvida a cessão das águas por parte da União.
Plano Local de Desenvolvimento da Maricultura está pronto
Associações de maricultores de São Francisco do Sul, Palhoça, Bombinhas e Penha procuraram a Defensoria Pública da União para intervir com uma ação civil pública.
– Os maricultores são pessoas que têm lutado e contribuído para a economia de Santa Catarina e, este ano, tiveram seu sustento cerceado pelo Estado – lamenta o defensor público federal Gabriel Oliveira.
Segundo o engenheiro agrônomo do Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca da Epagri/Ciram, André Luis Tortato Novaes, o Plano Local de Desenvolvimento da Maricultura, custeado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, foi desenvolvido para pleitear a ocupação dos parques aquícolas nas áreas da União.
Todas as informações necessárias para que o processo de regularização seja efetivado estão concluídas desde 2007. Novaes explica que não existe pendência técnica para que a situação seja, de fato, resolvida. A implantação dos parques precisa, também, de um parecer do Ibama, da Marinha e da Secretaria do Patrimônio da União. Depois, o processo licitatório poderá ser aberto.
(Por VANESSA CAMPOS, DC, 01/10/2010)
Licitação deve sair neste ano
A licitação para a cessão das águas dos parques aquícolas deve sair ainda este ano, conforme o Ministério da Pesca e Aquicultura. O processo, ainda em tramitação, está na Capitania dos Portos de Santa Catarina, segundo a assessoria de imprensa do órgão federal. Os municípios contemplados na criação dos parques, no Estado, serão Balneário Camboriú, Balneário Barra do Sul, Biguaçu, Bombinhas, Laguna, Jaguaruna, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Itapema, Itapoá, Palhoça, Penha, Porto Belo, São Francisco do Sul e São José.
O processo de licitação também pode sofrer um entrave por causa da licença ambiental. Os maricultores enfrentam um impasse entre Ibama e Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), que, segundo o geógrafo do setor de licenças ambientais de recursos hídricos da Fatma, David Vieira da Rosa Fernandes, disputam a questão desde 1990.
O geógrafo afirma que, apesar do Ministério da Pesca ter determinado que a Fatma é quem vai assumir o licenciamento, todos os processos permanecem no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que não repassou o material.
– É lamentável o maior produtor nacional de ostras e mariscos não ter até hoje licença para o cultivo. O Estado é responsável por 92% da produção do país – afirma Fernandes.
Atualmente, somente uma fazenda de cultivos, em Governador Celso Ramos, conseguiu a licença ambiental da Fatma, há dois meses, por determinação da Justiça. O Ibama informou que todo material referente ao caso foi repassado ao Ministério da Pesca.
O que é defeso
É o período em que as atividades de caça, coleta e pesca esportivas e comerciais ficam vetadas em diversos locais do território nacional. Este período, estabelecido pelo Ibama, é feito de acordo com o tempo em que os crustáceos e os peixes se reproduzem na natureza.
(DC, 01/10/2010)
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analíticos". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessários". |
viewed_cookie_policy | 11 meses | O cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent e é usado para armazenar se o usuário consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
collect | sessão | Usado para enviar dados ao Google Analytics sobre o dispositivo e o comportamento do visitante. Rastreia o visitante através de dispositivos e canais de marketing. |
CONSENT | 2 anos | O YouTube define este cookie através dos vídeos incorporados do YouTube e regista dados estatísticos anônimos. |
iutk | 5 meses 27 dias | Este cookie é utilizado pelo sistema analítico Issuu. Os cookies são utilizados para recolher informações relativas à atividade dos visitantes sobre os produtos Issuuu. |
_ga | 2 anos | Este cookie do Google Analytics registra uma identificação única que é usada para gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
_gat | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para limitar a taxa de solicitação. |
_gid | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para distinguir usuários e gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
IDE | 1 ano 24 dias | Os cookies IDE Google DoubleClick são usados para armazenar informações sobre como o usuário utiliza o site para apresentá-los com anúncios relevantes e de acordo com o perfil do usuário. |
mc .quantserve.com | 1 ano 1 mês | Quantserve define o cookie mc para rastrear anonimamente o comportamento do usuário no site. |
test_cookie | 15 minutos | O test_cookie é definido pelo doubleclick.net e é usado para determinar se o navegador do usuário suporta cookies. |
VISITOR_INFO1_LIVE | 5 meses 27 dias | Um cookie colocado pelo YouTube para medir a largura de banda que determina se o usuário obtém a nova ou a antiga interface do player. |
YSC | sessão | O cookie YSC é colocado pelo Youtube e é utilizado para acompanhar as visualizações dos vídeos incorporados nas páginas do Youtube. |
yt-remote-connected-devices | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt-remote-device-id | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt.innertube::nextId | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |
yt.innertube::requests | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |