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Aumento da produção de lixo é questão central na discussão do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico

O professor Nicolau Obladen, consultor da MPB Engenharia na área de resíduos sólidos para a elaboração do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico (PMISB), ao apresentar diagnóstico do setor na Comcap destacou os principais desafios da Capital para a universalização do atendimento em limpeza pública.

Obladen indica um cenário em que, além do aumento populacional, a produção de lixo em Florianópolis deve acompanhar também o crescimento do PIB, em torno de 5% ao ano. “É preciso interagir, com a coleta seletiva e a compostagem, para desviar do aterro a maior parte possível dessa produção.”

Com ajustes que promovam o reaproveitamento dos resíduos orgânicos e a reciclagem dos materiais secos, contudo, a economia com o transporte e aterramento poderia chegar a R$ 78 milhões no último ano de aplicação do PMISB.

Os principais desafios

* A tendência de crescimento na geração de resíduos sólidos;
* A inexistência de pesquisas sobre a disposição final dos resíduos sólidos urbanos;
* A destinação dos resíduos orgânicos, com programas de retenção com compostagem ou biodigestão aeróbica;
* A falta de consorciamento para soluções integradas na Grande Florianópolis e a falta de estações de transbordo descentralizadas na Capital;
* A não cobertura dos custos públicos com a arrecadação da taxa de coleta de resíduos sólidos.

Para acompanhar a elaboração do plano

Os primeiros produtos do plano municipal, que incluem diagnóstico para as áreas de esgotamento sanitário, abastecimento d’água, drenagem e resíduos sólidos, informa o diretor da MPB Engenharia, Ciro Rocha, estão disponíveis no site da Secretaria Municipal de Habitação e Saneamento Ambiental. (Para consultar diretamente o diagnóstico sobre resíduos sólidos, clique aqui).

Política Nacional de Resíduos Sólidos

Com relação à Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionado em 2 de agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que deve orientar a elaboração do plano municipal, Obladen aponta um conflito central. Segundo ele, as políticas de logística reversa (que exige o retorno da embalagem à indústria ou a caracterização do ciclo que deverá percorre) e de coleta seletiva com inclusão social (catadores) previstas no PNRS são contraditas pelo terceiro conceito, de reciclagem por meio da incineração para geração de energia. “Há um conflito fantástico aí: quanto mais material seco tiver para queimar, melhor.”

Quem é Nicolau Obladen

* Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Paraná, 1961.
* Pós – Graduado em Engenharia Sanitária pela Universidade de São Paulo, Faculdade de Higiene e Saúde Pública, 1966.
Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 1996.
* Participou de vários cursos de especialização no Brasil e no exterior na área de Engenharia Sanitária e Ambiental e de Planejamento Urbano e Regional.
* Foi Engenheiro da Fundação Serviços de Saúde Pública -Ministério da Saúde, no período 1962 -1969. Exerceu a função de Engenheiro Residente em Palmares, PE, foi chefe dos distritos de Santa Catarina e Paraná. Foi responsável pela implantação de 32 sistemas de abastecimento de água no Paraná e Santa Catarina com recursos do BID, destacando-se o sistema Alagados de Ponta Grossa, com a estação de tratamento com filtros russos, e das cidades de Joinville e Blumenau.
* Foi Diretor Técnico da Empresa Planepar Ltda de consultoria de projetos de Engenharia Sanitária, Planejamento Urbano e Regional e Combate à Erosão Urbana, no período 1970 -1979.
Foi o diretor geral da Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Governo do Estado do Paraná, no período 1990-1991.
* Aposentou-se como Professor Adjunto do Departamento de Hidráulica e Saneamento da UFPR, após 25 anos de atividades, em 1995.
* Presidiu a ABES, no período 1991-1999, tendo presidido o 19° Congresso Brasileiro e Engenharia Sanitária e Ambiental, realizado em Foz do Iguaçu, em 1997.
* Implantou em 1981, na PUCPR, o Instituto de Saneamento Ambiental, ISAM, inicialmente denominado Laboratório de Hidráulica, Saneamento e Meio Ambiente, LHISAMA, hoje, curso de Engenharia Ambiental.
* Aposentou-se como Professor Titular e Pesquisador da PUCPR, Curso de Engenharia Ambiental, após 30 anos de atividades, em 2007.
* Diretor Técnico da Empresa Habitat Ecológico Ltda – Consultores Associados, de Curitiba, agregando profissionais e ex-alunos, desde 2002.

(PMF, 09/08/2010)

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