Plano Diretor: Ato defende decisões dos bairros

Moradores do bairro Campeche, no sul da Capital, aproveitaram o Dia Mundial do Meio Ambiente, no último sábado, para protestar em defesa do Plano Diretor Participativo.

Entre 200 e 300 pessoas participaram do ato, conforme Ataide Silva, presidente da Associação dos Moradores do Campeche e delegado do núcleo do bairro no Plano Diretor.

Os moradores, em caminhada na Avenida Pequeno Príncipe, pediram para que o mapa com as diretrizes montado depois da fase de reuniões nos núcleos comunitários do Plano Diretor, fosse respeitado pela prefeitura de forma plena.

Conforme Ataide Silva, o processo, após ser concluído nos bairros, foi levado de forma ilegítima pela prefeitura, culminando com a audiência pública cancelada em função do tumulto no dia 18 de março, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC). Segundo os manifestantes, as comunidades não foram contempladas no projeto que define as estratégias para a organização e o crescimento da Capital. Conforme o representante do Campeche, uma das principais diferenças entre o que foi decidido pela comunidade e o que a prefeitura sugere diz respeito ao saneamento. Os núcleos optaram pelo sistema descentralizado, enquanto a prefeitura defende a centralização em um emissário.

Em resposta às manifestações na época da audiência cancelada, o presidente do Ipuf, Átila Rocha, afirmou que o plano já foi bastante discutido com a comunidade e que as propostas foram apresentadas em oficinas realizadas em dezembro e março.

(DC, 07/06/2010)