Ainda sem um projeto arquitetônico definido, a discussão na Câmara de Vereadores sobre a construção da nova sede da prefeitura de Florianópolis nas proximidades da ponte Hercílio Luz deve se resumir à mudança de zoneamento dos cerca de 5,5 mil metros quadrados do terreno, hoje utilizado pela Floram. Mesmo assim, o impacto da construção no trânsito, os valores gastos e questões ambientais despertam preocupação no legislativo e fora dele.
Na terça-feira, o prefeito Dário Berger (PMDB) apresentou pessoalmente a todos os vereadores a ideia de utilizar um terreno, localizado atrás do Conselho Regional de Contabilidade, para construir um prédio que abrigue 70% da estrutura da Prefeitura.
O local, próximo à ponte Hercílio Luz e do Parque da Luz, é classificado como “área verde de lazer” e por isso o prefeito precisa do apoio dos vereadores para transformá-lo em “área comunitária institucional”, o que permite a construção de prédios públicos.
— Percebemos a aceitação, se não de todos, da grande maioria — diz o líder do governo, Norberto Stroich Filho (PMDB).
O prefeito explicou que o projeto arquitetônico da nova sede seria escolhido por concurso a ser aberto após a aprovação da mudança no zoneamento. Para bancar a construção, estimada em R$ 10 milhões, a prefeitura conta com os R$ 8 milhões arrecadados pela venda do prédio que abrigava o Pró-Cidadão, na rua Felipe Schmidt.
O projeto foi enviado na quarta-feira, em regime de urgência e deve ser votado em 45 dias. Mesmo na oposição, não há muita resistência.
— O imóvel já é da prefeitura e é importante ter uma sede. Só pedimos para que a alteração de zoneamento se desse apenas no terreno da Prefeitura e não no entorno — afirma Dalmo Meneses, líder do PP.
O colega de partido, João Amin, vê pontos positivos na ideia, mas levanta algumas objeções. Ele quer saber de onde vão sair os R$ 2 milhões que faltam e o porquê da “pressa” da prefeitura. Além disso, teme complicações no trânsito da região central com o aumento de fluxo naquela região.
— Esperamos que o prefeito respeite os próprios decretos e faça um estudo de impacto de vizinhança, porque o trânsito já é complicado e deve piorar — afirma.
Além do trânsito, o projeto pode enfrentar resistências por questões ambientais e de preservação do patrimônio histórico. O local fica na região protegida pelo tombamento da ponte Hercílio Luz.
Por isso, o futuro prédio não poderia atrapalhar a visão da ponte, limitando a construção a quatro andares. Integrante do Movimento Ilha Verde e fundador da Associação dos Amigos do Parque da Luz, Lúcio Dias da Silva Filho, não vê com bons olhos a construção da sede naquele local:
— A Prefeitura tinha que dar o exemplo e preservar não só a visão da ponte, mas também as zonas de área verde, que são poucas.
Ele sugere que a prefeitura utilize o prédio da antiga fábrica de rendas da Hoepcke, onde hoje está a Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp) ou mesmo a construção no Continente.
— A ocupação da ilha poderia ser aliviada na medida em que entidades com maior fluxo de pessoas e veículo, como universidades e centros administrativos, fossem transferidos para o continente — acredita.
Stroich diz que a possibilidade de mudar a prefeitura para o Continente foi estudada, mas a própria Câmara definiu a permanência no Centro ao incluir uma emenda no projeto da venda do imóvel do Pró-Cidadão, condicionando a operação à instalação da nova sede a no máximo 500 metros do prédio antigo. Ele admite que a maior dificuldade será o número de vagas de estacionamento, mas aposta que será possível fazer a sede no local.
— Todo mundo sabe da dificuldade que é conseguir um local no Centro. Ou é terra de marinha, da União ou está em disputa de competência. Veja esse caso envolvendo a área onde está o Direto do Campo — compara.
(Por Upiara Boschi DC online, 07/05/2010)
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3 Comentários
A necessidade da Prefeitura de Florianópolis ter um prédio próprio onde abrigue todas suas secretarias e demais unidades administrativas é inquestionável. Porém, é bom lembrar que edifícios como estes são procurados diariamente por pessoas que se deslocam na cidade através de transporte coletivo. O terreno escolhido está demasiadamente longe de nossos terminais de integração (para quem caminha a pé) e muito perto para se fazer mais uma baldeação. Qualquer construção na proximidade da Ponte Hercílio Luz – monumento símbolo da Cidade – é uma temeridade. Temos melhores espaços na cidade que interferem bem menos na paisagem e mais acessíveis a nossa população. Que tal conversarmos mais um pouco a respeito desta localização?
É que o Dário é tão apaixonado por Florianópolis que quer ficar bem pertinho da Ponte…
Concordo com o Lúcio, quem é para dar exemplo quer burlar a própria lei.
Essa obsessão do Dário só pode ser algum trauma de infância, porque não vejo outro motivo para tamanho absurdo.
especialmente ao meu amigo lucio dias(?)
que tanto luta em prol de fpolis. sabiam qua
antiga chacara do molenda onde fica a brigada do exercito está sendo negociada por quatro grandes empresas de construção civilterrenos , para ali construirem 4 torres de 15 andares.já pensaram como ficara o já caótico transito ao redor: bocaiuva, trompwsky,etc.barão de batovi, acesso ao hospital celso ramos,etc, afora a retirada da principal área verde de nossa ilha.vamos toma uma titude