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25/02/2010
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25/02/2010

Centro: “a vida como ela é”

Da coluna de Carlos Damião (ND, 25/02/2010)

Na noite de terça–feira, após um compromisso social, fui convidado pelo repórter Fabrício Corrêa (RIC/Guarujá) para uma excursão motorizada pelo centro histórico de Florianópolis. Nosso objetivo: ver, como diria Nelson Rodrigues, “a vida como ela é”.

Começamos observando a Praça 15 de Novembro, que passou sua primeira noite sem a presença de dezenas de moradores de rua, expulsos na manhã daquele dia por uma força-tarefa da prefeitura e Polícia Militar. No interior do espaço público, apenas trabalhadores da Comcap, ainda removendo o lixo acumulado durante meses.

Visualizamos a Rua Victor Meirelles, tomada por consumidores de crack, sentados na calçada próxima ao museu e ao Procon. Depois, descemos a Saldanha Marinho, onde os viciados costumam ocupar as escadas de um prédio executivo. Voltando à Rua Victor Meirelles, passamos em frente a uma casa abandonada, invadida pelos “craqueiros”. Vimos alguns deles espalhados por outras vias do Centro, grande parte se escondendo à medida que avançávamos de automóvel.

A razão

Nossa circulada pela região demorou mais de uma hora. E serviu para confirmar aquilo que a sociedade florianopolitana está careca de saber: esse lado sinistro da cidade existe por absoluta ausência do Estado. Não havia sequer uma viatura da PM circulando na noite, nem no início da madrugada de ontem.

Bolsinhas

Ainda sobre a incursão noturna pela cidade sinistra, constatamos que também não há a presença do Estado na Avenida Hercílio Luz, um dos lugares revitalizados pela atual administração municipal, mas que reúne um bom número de “malas” durante a noite, inclusive uma dezena de travestis que rodam suas bolsinhas e exibem suas nádegas e peitos siliconados até o amanhecer.

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