O lançamento de efluentes nas águas do Rio Tavares, que integra a Reserva Extrativista do Pirajubaé, no Sul da Ilha de Santa Catarina, é um dos principais entraves para o andamento do emissário submarino, projetado pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).
O projeto, além de ser questionado pela comunidade, está também sendo investigado pelo Ministério Público Federal. No final deste mês, de acordo com o presidente da Associação dos Moradores do Campeche, Ataide da Silva, um seminário será organizado pelas lideranças do bairro para discutir soluções e alternativas para a questão do tratamento do esgoto.
– Não somos contra a construção do estação de tratamento no Campeche. Mas não queremos que um emissário submarino seja instalado aqui. A classificação do nosso rio permite que o esgoto seja lançado aqui, mas não aceitamos isso de jeito nenhum– afirmou Silva.
Para Ataide, o lançamento do esgoto tratado no Rio Tavares, que irá desembocar na Baía Sul, pode prejudicar a produção de maricultura, por exemplo.
– A gente sabe que existem alternativas e, por isso, estamos organizando este seminário. O que não podemos permitir é que a água potável da Lagoa do Peri seja utilizada para o tratamento deste esgoto. Além disso, a Casan nunca apresentou este projeto para a comunidade – protestou ele.
Esgoto doméstico polui ecossistemas da Capital
Atualmente, a maioria dos rios da Capital já está comprometida com a falta de coleta e tratamento de esgoto na cidade. De acordo com o professor do departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Willian Gerson Matias, de 49 anos, três ecossistemas já sofrem com o lançamento de esgoto doméstico: os mangues do Itacorubi e de Ratones, além da Baía Sul.
– Se compararmos as águas da nascente dos rios que formam a Bacia do Itacorubi com as águas de um quilômetro depois, já poderemos perceber a alteração da sua qualidade. Quanto mais longe da nascente, maior a quantidade apresentada de coliforme fecais – detalhou.
Para o professor, desde 2007, quando foram estabelecidas normas que regulamentaram as diretrizes do saneamento básico no Brasil a situação está avançando, mas ainda está longe da ideal.
– O ritmo ainda é muito lento – lamentou.
A rede no Estado
> Em Santa Catarina, apenas 10,24% das 293 cidades têm sistema de esgoto sanitário. São 30 municípios
> Em algumas, o sistema de esgoto atende apenas loteamentos populares. Nas demais, o atendimento é apenas parcial
> Dos 30 municípios atendidos, 13 ficam no Litoral e 17 nas demais regiões
Os agentes poluidores
Dentre os agentes poluidores da água em Santa Catarina, os mais significativos são:
> Lançamento de esgoto bruto
> Despejo de efluentes industriais não tratados, ou não adequadamente tratados
> Carreamento pelas chuvas de sedimentos indesejáveis
> Despejo de agrotóxicos, esterco animal e fertilizantes
> Extração de minérios, areia e pedregulhos
> Lançamento de efluentes de estações de tratamento de água
> Desmatamento
> Lixo
> Lançamento de dejetos suínos
Fonte: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental/Seção Santa Catarina
O saneamento na Grande Florianópolis
1909 – Início das obras do primeiro sistema completo de abastecimento de água de Santa Catarina, na Capital, paralelamente à construção da primeira usina hidroelétrica do Estado, a chamada Usina Garcia, na Colônia Santana
1910 – Criada a Inspetoria de Águas e Esgotos e inaugurado o primeiro sistema de abastecimento de água de Florianópolis
1911 – Contrato para execução da primeira rede de esgotos no Estado, na Capital
1913 – Início das obras da primeira rede de esgotos
1913 – Paralisação das obras da rede (prenúncios da 1ª Guerra Mundial)
1916 – Inaugurada a primeira rede de esgotos de Santa Catarina, na Capital e a construção da estação de tratamento de esgotos de Florianópolis
1920 – Construção do canal da Avenida Hercílio Luz, em Florianópolis
1922 – Inaugurado o sistema de reforço do Rio Tavares
1946 – Inaugurada a primeira adutora de Pilões, na Capital
1949 – A Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo inicia a formação de sanitaristas no Brasil, com grande contribuição para Santa Catarina
1951 – Implantação do sistema de abastecimento de água de São José
1957 – Implantação do sistema de abastecimento de água de Palhoça
1965 – Inaugurada a segunda adutora dos Pilões
1971 – Implantação dos sistemas de esgotos de São José
Fundação da Companhia Catarinense de Água e Saneamento (Casan)
Fonte: História do Saneamento em Santa Catarina – Átila Alcides Ramos
(DC, 08/05/2009)
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analíticos". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessários". |
viewed_cookie_policy | 11 meses | O cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent e é usado para armazenar se o usuário consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
collect | sessão | Usado para enviar dados ao Google Analytics sobre o dispositivo e o comportamento do visitante. Rastreia o visitante através de dispositivos e canais de marketing. |
CONSENT | 2 anos | O YouTube define este cookie através dos vídeos incorporados do YouTube e regista dados estatísticos anônimos. |
iutk | 5 meses 27 dias | Este cookie é utilizado pelo sistema analítico Issuu. Os cookies são utilizados para recolher informações relativas à atividade dos visitantes sobre os produtos Issuuu. |
_ga | 2 anos | Este cookie do Google Analytics registra uma identificação única que é usada para gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
_gat | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para limitar a taxa de solicitação. |
_gid | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para distinguir usuários e gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
IDE | 1 ano 24 dias | Os cookies IDE Google DoubleClick são usados para armazenar informações sobre como o usuário utiliza o site para apresentá-los com anúncios relevantes e de acordo com o perfil do usuário. |
mc .quantserve.com | 1 ano 1 mês | Quantserve define o cookie mc para rastrear anonimamente o comportamento do usuário no site. |
test_cookie | 15 minutos | O test_cookie é definido pelo doubleclick.net e é usado para determinar se o navegador do usuário suporta cookies. |
VISITOR_INFO1_LIVE | 5 meses 27 dias | Um cookie colocado pelo YouTube para medir a largura de banda que determina se o usuário obtém a nova ou a antiga interface do player. |
YSC | sessão | O cookie YSC é colocado pelo Youtube e é utilizado para acompanhar as visualizações dos vídeos incorporados nas páginas do Youtube. |
yt-remote-connected-devices | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt-remote-device-id | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt.innertube::nextId | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |
yt.innertube::requests | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |