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Revitalização da orla depende de diálogo

Apesar das intensas discussões com a comunidade, no ano passado, sobre o projeto de revitalização da orla de Coqueiros, que prevê, entre outras realizações, a polêmica ciclovia, a Secretaria Municipal do Continente aposta em mais diálogo para começar as obras. O secretário do continente, Salomão Matos Sobrinho, pretende estreitar as relações com a população envolvida, principalmente os comerciantes da Via Gastronômica, para fazer com que o projeto saia do papel ainda neste ano. A reivindicada despoluição das praias também está na lista de prioridades.

A revitalização da orla de Coqueiros, já abordada em reportagem da Folha de Coqueiros, engloba melhorias nas Praias do Rizzo, do Meio e da Saudade, no valor de R$ 995 mil. Nas três, serão construídos decks de madeira, quioques padronizados, bicicletários, áreas contemplativas com bancos, estacionamentos e, a princípio, uma ciclovia ao longo da orla, esta ligando o Parque de Coqueiros até a Base Operacional da Polícia Militar, na praia do Meio. Ao longo prazo, a intenção da prefeitura é interligar a Beira-Mar Continental com a de São José.

Nos primeiros meses do ano passado, o ex-secretário adjunto da pasta, Luiz Ernesto Quaresma, afirmou que as obras de revitalização iniciariam em agosto daquele ano, com prazo de conclusão dentro de 120 dias. No entanto, a proposta foi barrada por conflitos com comerciantes da Via Gastronômica, que contestaram a perda de vagas de estacionamento por causa da ciclovia. Na época, segundo contagem da prefeitura, 43 vagas seriam perdidas. O impasse culminou no arquivamento do projeto.

Segundo Salomão Matos Sobrinho, o embate só será resolvido com a retomada das discussões. “No ano passado deu mais briga do que discussão. Mas acho que a gente consegue resolver”, afirma. O secretário diz que engenheiros da prefeitura estão estudando alternativas para o problema das vagas de estacionamento, como a diminuição da largura da calçada e construção de bolsões. “O projeto foi feito de forma inversa. Deveria ter discutido antes com a comunidade”, pondera.

De acordo com o secretário, outro problema que impossibilitou o início das obras foram pendências com o Patrimônio da União, já que o deck instalado nas praias avançaria cerca de dois metros na faixa de areia. Em alguns pontos, a estrutura poderia ocupar toda a área de areia. No entanto, Sobrinho diz que já foram realizadas duas reuniões com a gerência regional do Patrimônio da União para definir a questão. Neste caso, o Ibama também seria acionado para conceder as licenças ambientais.

DESCASO: praias sujas e equipamentos abandonados

Mais um ano de poluição

O sucesso das obras de revitalização depende também de outra atitude do executivo municipal: a despoluição das praias do bairro. Mais uma temporada de verão vai chegando ao final e praticamente todas as praias de Coqueiros continuam impróprias para o banho, devido ao despejo irregular de esgoto. O último relatório de balneabilidade da Fatma indica que as praias da Saudade, do Meio, do Bom Abrigo, e das Palmeiras não é recomendável para banhistas. Pelo mesmo relatório, na Capital, 33,33% das praias estão poluídas.

A Companhia de Águas e Saneamento de Santa Catarina (Casan) culpa a própria população pela situação atual das praias do bairro, devido à grande quantidade de ligações irregulares de esgoto na rede pluvial. Coqueiros, Bom Abrigo, Itaguaçu e Saco da Lama dispõem de rede de esgoto completa, com coleta, tratamento e destino final, na Estação de Potecas, em São José. A rede atende a uma população de 25.496 habitantes, porém, existem apenas 2.418 ligações na rede coletora. “Os pontos impróprios para banho não se justificam por causa desta estrutura”, diz o secretário do Continente, Salomão Matos.

Segundo ele, a Casan e a Vigilância Sanitária já firmaram parceria para identificar pontualmente as ligações clandestinas. Hoje os agentes trabalham de forma mais intensificada no bairro Santa Mônica, para em um segundo momento atuar em Coqueiros.

Outra queixa dos moradores que costumam mesmo assim freqüentar as praias do bairro, como opção para caminhadas, é o abandono dos equipamentos públicos instalados na orla, principalmente na Praia de Itaguaçu. O aposentado Benedito Oliveira, 71 anos, mora na Praia do Meio e passa pelo local toda a semana. Segundo ele, as grades de proteção que separam a calçada da areia da praia estão completamente enferrujadas, e os e os bancos, quebrados. “Está ficando tudo podre. Fica feio para uma praia tão bonita”, reclama.

Outras melhorias

Parque de Coqueiros: pavimentação da área de estacionamento, embelezamento do passeio e manutenção nos bancos.

Praia do Rizzo: definição quanto à permanência dos ranchos de pescadores na praia.

Tapete Preto: pavimentação nas ruas Senador Milton Campos e Paula Ramos.

Revitalização da praça junto ao antigo restaurante Ataliba.

Parque Aventura: reabertura através de parceria com a iniciativa privada.

Confira as obras em cada praia

– Praia do Meio
500 m2 de decks de madeira
2 quiosques
2 bicicletários
4 acessos a faixa de areia
4 áreas contemplativas com bancos
Reestruturação do estacionamento com áreas para deficientes físicos

– Praia da Saudade
1200 m2 de decks de madeira
1 quiosque
4 escadas de acesso a faixa de areia
2 rampas de acesso a praia para cadeirante
3 áreas contemplativas com bancos
Reestruturação do estacionamento com áreas para deficientes físicos

– Praia do Rizzo
450 m2 de decks de madeira
Trapiche
4 escadas de acesso a faixa de areia
2 rampas de acesso a praia para cadeirantes e barcos
2 áreas contemplativas com bancos

(Luiz Eduardo Schmitt, Folha de Coqueiros, 09/03/2009)

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