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Acusação por poluir as águas e também o solo

Os moradores de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, receberam, ontem, a notícia que alguns diziam já desconfiar: o chamado aterro sanitário, localizado em Biguaçu, polui as águas da Baía Norte, que banham o município.

Os nativos acreditam que uma das conseqüências seja a diminuição de espécies, se comparados com safras de anos anteriores, e episódios como a ocorrência de algas, que nos últimos tempos tem atingido os criadores de ostras e mariscos. Investigações da Polícia Federal constataram que o lixo depositado no aterro está sendo tratado de forma inadequada.

Com isso, contamina os rios da região e a baía. A Polícia Federal aponta a Proactiva Meio Ambiente, responsável pela administração do aterro, e as subcontratadas Armiplan, Coberlix e Anacon. As empresas são acusadas de poluir não somente as águas, mas também o solo.

Investigações apontaram que entre os entulhos depositados no local há algo mais grave: lixo hospitalar, o que colocaria em risco a saúde das pessoas que trabalham no local.

Atualmente, somente o município de Biguaçu recicla, através da intervenção dos catadores, cerca de 5% do material coletado, que é de 750 toneladas por mês.

Além disso, a Polícia Federal acredita que houve omissão por parte dos servidores da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e da Secretaria do Meio Ambiente de Biguaçu com relação à fiscalização no aterro.

O trabalho no aterro, localizado na Estiva do Inferninho, continuou normal, ontem. O vaivém dos caminhões manteve o movimento, em maior número pela manhã.

Nenhum dos funcionários da Proactiva, que tem um anexo ao lado, quis se manifestar sobre o assunto. A imprensa também foi impedida de fazer imagens internas.

Biguaçu
Contrapontos
O que dizem os suspeitos
– Luiz Carlos da Rocha, vereador de Biguaçu
O advogado do vereador não foi localizado. Ninguém atendeu ao telefone da casa de Rocha até o fechamento desta edição.
– Newton Luiz Cascaes Pizzolatti, servidor da Fatma
O advogado de Pizzolatti, Valmir Pinheiro, informou que teve acesso à parte dos 20 volumes do inquérito apenas na noite de ontem e que não tinha tido tempo para estudar o caso. Baseado no depoimento de seu cliente, Pinheiro disse que Pizzolatti teria sido preso por assinar a licença ambiental para a Schaefer Yachts. Ainda de acordo com o advogado, o licenciamento contraria os estudos do Ibama, que caracterizam a área como região de restinga.
– João José Morfin Neto, secretário de Planejamento de Biguaçu
Seu advogado, que pediu para não ter o nome divulgados e que faz parte do escritório DÁvila Machado Buechele, informou apenas que Neto não tem nenhuma participação nos crimes.
– Zeno Silveira de Souza Britto, servidor da Fatma
De acordo com seu advogado, Cláudio Gastão da Rosa Filho, Britto nega todas as acusações.
– Márcio Rosa, coordenador da Grande Florianópolis da Fatma
O advogado dele não quis se manifestar.
– Sandro Roberto Andretti, secretário do Meio Ambiente de Biguaçu
Não tinha sido localizado pela Polícia Federal até o fechamento desta edição. Seu advogado, que preferiu não se identificar alegando não saber se vai defender Andretti neste caso, disse que não conseguiu falar com o secretário. Informou, também, que Andretti está em São Paulo.
– José Luiz Picoli, diretor da Proactiva; Régis Jean Daniel Hahn, funcionário da Proactiva em São Paulo
O advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho informou que seus clientes negam todas as acusações.
– Ernani da Luz Santa Ritta, gerente da Proactiva
Ainda não possui advogado contratado.
– Raul Alberto Dellvalle Ferreyra, funcionário da Proactiva em São Paulo
Ainda não possui advogado contratado.
– Celso Kiyoshe Takeda, funcionário da Proactiva em São Paulo
Ainda não possui advogado contratado.
– Armelindo Ramos, sócio da Corbelix
O advogado de Ramos, Jaime de Assis Folster, informou que a Corbelix presta seus serviços de acordo com o contrato de terceirização assinado com a Proactiva. Disse que o tratamento de lixo é feito seguindo as normas ambientais e que a empresa não causa danos ao meio ambiente.
* Os responsáveis pelas empresas Armiplan e Anacon não foram localizados

(DC, 18/09/2008)

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