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A construção de edifícios residenciais e grandes empreendimentos deverá ser proibida na região da bacia hidrográfica do Itacorubi até a definição do novo Plano Diretor de Florianópolis. A proposta foi apresentada ao prefeito Dário Berger por representantes de 13 comunidades que integram a região, e pretende impedir o agravamento dos problemas enfrentados pelos moradores. Constante falta de água e saneamento básico ineficiente são as principais deficiências.

A população teme novas enchentes na região, devido ao excesso de poluição causada por lixo no manguezal. Segundo o presidente da Associação dos Moradores de Santa Mônica, Ênio Lima, as valas estão obstruídas por barro e todo o tipo de entulhos. “Isso acontece porque o local não é limpo regularmente. A situação está complicada para todos”, reclama.

O vereador João Batista Nunes (PR) reforça a necessidade urgente da contratação de uma empresa para que se inicie, efetivamente, um estudo sobre o mangue, discutido há anos. “O mangue está morrendo e a região da bacia parece uma colcha de retalhos. Algumas comunidades têm esgoto, outras não. Já não há como adiar essas obras”, destaca.

O prefeito Dário Berger admite que a especulação imobiliária na área foi intensa na última década, pela forte atração que exerce por sua proximidade com o Centro da cidade, e sofre com a falta de saneamento básico e abastecimento de água. Berger aponta pelo menos três fatores que exigem uma atitude imediata por parte do governo: um acordo com as comunidades da região, o que já está encaminhado, e licitação de projeto para o estudo de impactos ambientais no mangue e o desassoreamento da bacia do Itacorubi. O último projeto está avaliado em R$ 400 mil.

A Prefeitura estuda a criação de decreto ou projeto de lei para atender à reivindicação dos moradores. Dário Berger afirmou, ainda, que um projeto de lei seria mais eficaz, pois poderia ser enviado para apreciação com urgência. A proposta foi encaminhada ao Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) para avaliação e deve ser debatida hoje, em reunião do conselho gestor do Plano Diretor Participativo de Florianópolis.

O responsável pela área na Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) não foi localizado na tarde de ontem para comentar o assunto. A região da bacia e do mangue do Itacorubi reúne 80 mil moradores.

(Patrícia Perón, AN Capital, 20/12/07)

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1 Comentário

  1. João Flavio disse:

    Não conheço o plano diretor, nem tenho muito tempo residindo neste estado. Moro no Itacorubi e tenho problemas de abastecimento d’água em minha residência (Itamarati) e mesmo morando em rua nobre, muitas vezes o volume de água não é suficiênte para o abastecimento.
    Neste momento por motivo de calamidade ao qual o estado se encontra, estou sem cair água desde sexta dia 21(5 dias) e não temos nenhuma previsão.Acredito que a empresa Casan deveria ter mais respeito aos seus clientes dando pelo menos previsões para o retorno do abastecimento.

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