Acessibilidade para todos

(Artigo de Rafael Zanellato Junior, do grupo Floripa Acessível, A Notícia, 27/10/2007).

Que tal uma cidade acessível para todos? Onde possamos caminhar em boas calçadas, com sinalização adequada e pisos táteis para os deficientes? Todos podem fazer parte desta discussão. Pela primeira vez em Florianópolis está havendo um Plano Diretor Participativo, em que a população da Capital atua junto aos órgão públicos, votando e decidindo qual rumo da cidade.

O plano trouxe à tona a discussão da acessibilidade. Até meados de 2006, as calçadas eram construídas pensando-se apenas na estética, deixando a segurança de lado. Com a elaboração deste novo plano, viu-se a necessidade da readequação das calçadas e vagas para deficientes.

Com esta proposta, surgiu o grupo Floripa Acessível em 2005. A idéia é mostrar à população a necessidade da adequação da cidade em prol dos deficientes. Esta mobilização está dando certo, tanto é que 20 das 100 vagas já foram pintadas, e as calçadas de alguns shoppings estão sendo verificadas para que se adeqüem. Atualmente, já temos 45 ônibus da frota regular do transporte coletivo urbano destinados à locomoção dos deficientes.

Estamos caminhando para o rumo certo, mas ainda necessitamos avançar muito mais. Portanto, a acessibilidade é um dos temas que está sendo debatido neste novo Plano Diretor, para que os deficientes visuais, auditivos e físicos se locomovam com segurança. Porém, acessibilidade diz respeito a todos os moradores, pois o idoso, a grávida e a mulher com salto alto, também precisam de calçadas adequadas para caminhar com tranqüilidade.

Precisamos conscientizar as pessoas sobre a importância deste tema, e o respeito de todos é fundamental para que este projeto seja um sucesso. Infelizmente, as pessoas não se deram conta que precisamos acatar as novas regras estabelecidas. Um exemplo claro são vagas criadas para deficientes físicos, seja no supermercado, no shopping ou no Centro da cidade, que são ocupadas por cidadãos mal intencionados. Enfim, em qualquer lugar esse direito tem que ser respeitado.