Comerciantes do Mercado terão de seguir regras

A Comissão Parlamentar Externa (CPE) do Mercado Público na Câmara de Vereadores colheu ontem as sugestões que vão subsidiar a montagem de um plano diretor para o Mercado, elaboradas por seis grupos de trabalho. De acordo com o vereador João Aurélio Valente Jr. (PP), presidente da CPE, as sugestões serão agora sistematizadas e transformadas num projeto de lei a ser votado pela Câmara, que normatizará o uso do Mercado Público, atualmente sob a administração da Secretaria Municipal de Transportes e Terminais.

Os grupos de trabalho foram formados por representantes de órgãos municipais, de entidades de classe como o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e dos próprios comerciantes do Mercado. Cada grupo tratou de uma área específica do futuro plano diretor: trabalho e gestão, cultura, segurança estrutural, arquitetura e segurança sanitária. Apenas o grupo responsável pelo estudo dos “usos e fluxos” do Mercado não apresentou as propostas da reunião de ontem. O coordenador do grupo, Orestes Melo, que também é presidente da Associação dos Comerciantes, pediu mais uma semana de prazo para apresentar a minuta à CPE.

O secretário de Transportes e Terminais, Norberto Stroisch, defendeu um novo modelo de gestão para o Mercado Público. Stroisch esteve em São Paulo visitando a Secretaria Municipal de Abastecimento, que administra 36 mercados na capital paulista, e defendeu o sistema de gestão adotado lá. O aluguel de boxes pela Prefeitura, utilizado atualmente em Florianópolis seria trocado por um gerenciamento do espaço a cargo de um condomínio de comerciantes. Além de vários órgãos municipais, a discussão sobre o plano diretor do Mercado envolveu ainda o Sindicato dos Comerciários, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, PM, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Casan.
(Carlito Costa, A Notícia, 05/07/2006)