Mato toma conta do Projeto Pomar
05/07/2006Moradores reclamam demora
05/07/2006Câmara traça um plano para disciplinar uso do Mercado
A Comissão Parlamentar Especial (CPE) da Câmara de Vereadores reuniu ontem, na sede do Legislativo da Capital, os representantes dos órgãos municipais, estaduais e até do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O encontro marcou o início das discussões sobre um projeto de lei que – se sancionado pelo prefeito Dário Berger – será o plano diretor do Mercado Público, considerado o ponto mais democrático da cidade.
Outra reunião para sanar pendências foi marcada para terça-feira, dia em que o relator da CPE, vereador Márcio de Souza, deve começar a lapidar o texto legal a ser votado.
Segundo o secretário de Transportes, os esforços serão em vão se não houver mudança na mentalidade dos comerciantes e da população.
– O Mercado não pode ser ponto de venda de drogas, de prostituição. Os comerciantes também não devem esperar serem multados pelo Corpo de Bombeiros para recarregar os extintores de incêndio – declarou Norberto Stroisch, que voltou de São Paulo entusiasmado com o modelo de gestão dos mercados públicos daquela cidade.
– O caminho seria transformar tudo em condomínio. Todos pagariam uma taxa, e a receita seria administrada por uma diretoria, que aplicaria os recursos na manutenção do Mercado Público.
Os demais órgãos que participaram, dentre eles o Corpo de Bombeiros, o Ipuf e a associação dos comerciantes, destacaram a necessidade de estabelecer padrões mínimos de segurança na ala Sul, cuja referência seriam os dispositivos da ala Norte, instalados depois do incêndio de 19 de agosto de 2005. A Vigilância Sanitária e o Ipuf apontaram, respectivamente, a necessidade de acabar com pombos e ratos e de manter a edificação centenária mais original possível.
– Precisamos recuperar a imagem do Mercado Público como o ponto social, étnico e de abastecimento alimentar de Florianópolis. As pessoas precisam se lembrar dos cheiros e cores dos alimentos desse local, quando o cais do porto banhava o Centro – disse Souza.
(Felipe Faria, DC, 05/07/2006)
