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Desastre na Lagoa da Conceição completa um ano de poucas respostas e muitos danos

O som era uma mistura de lama e água da lagoa de evapoinfiltração de efluente da Estação de Tratamento de Esgotos da Casan que havia acabado de romper e invadir a casa da aposentada e de outras 74 residências localizadas na servidão Manoel Luiz Duarte e adjacências, na Lagoa da Conceição.

Um ano depois da maior tragédia ambiental de Florianópolis, os moradores ainda carregam além de perdas materiais, os estragos das memórias de vida.

“O rompimento da barragem transformou completamente nossas vidas. Além de perdas materiais, os moradores tiveram muitas perdas de objetos significativos, perdas de projetos de vida, de esperança”, contou a artista visual Andreia Vieira Zanella.

Hoje no local atingido o que se vê ainda é um ambiente de reconstrução. Como é o caso da casa de Maria Tereza. Por segurança, ela preferiu construir um segundo andar, mas inicialmente não pensa em voltar a morar no local. A aposentada carrega ainda o trauma e foi diagnosticada com estresse pós-traumático.

Na reconstrução, ela preferiu erguer o imóvel a um metro do chão, e construiu dois quartos na parte de cima para se precaver de um possível novo rompimento. A casa antes tinha apenas um andar.

“Se acontecer algo novamente eu vou me sentir mais segura em ter para onde me refugiar”. No dia do acidente, ela e o marido saíram de dentro de casa nadando e se refugiaram no telhado do imóvel.

“Nadei pela minha varanda, sai no jardim e tentei subir no telhado. Subimos no telhado e esperamos quatro horas sentados pelo salvamento do Corpo de Bombeiros. Foi horrível a visão. Eu achei que ia morrer. A água cobriu a gente em segundos”, relembrou a aposentada.

(Confira a matéria completa em ND, 25/01/2022)

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