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O Instituto Pe. Vilson Groh (IVG) acaba de lançar, no seu site, o relatório do Projeto “Caixa Tem – Programa Pode Crer”, realizado em 2021, com patrocínio da Caixa e do Governo Federal, e apoio da FIESC, SEBRAE/SC, Movimento Floripa Sustentável, WOA, ACM (Associação Catarinense de Medicina), ACATE, Instituto Sabin, Organização Internacional para as Migrações (OIM) Brasil, LiveLab, entre outros empresários, pesquisadores e apoiadores do setor da tecnologia de Florianópolis e da Califórnia (EUA).

Clique aqui para acessar o relatório.

Recheado de fotos e depoimentos de jovens e empresários, o relatório faz uma retrospectiva do projeto realizado pelo IVG, que atendeu 320 crianças, adolescentes e jovens, de 11 a 24 anos, de periferias da Grande Florianópolis. Foram nove meses de oficinas que desenvolveram competências técnicas do universo da tecnologia e da inovação, além de habilidades socioemocionais, como coletividade, solidariedade e resiliência.

O objetivo do IVG, neste projeto, é ampliar os horizontes de possibilidades e materialização de projetos de vida desse público, preparando-o para empreender, acessar universidades e o ecossistema de tecnologia da cidade de Florianópolis, conhecida como a Ilha do Silício, suprindo a demanda por mão de obra qualificada, criativa e engajada com questões sociais.

A Associação João Paulo II (Comunidade da Praia, Palhoça) e o Centro Cultural Escrava Anastácia (Estreito, Florianópolis), ambas organizações da Rede IVG, foram correalizadoras do projeto.

Os resultados do projeto Pode Crer

Entre os principais resultados do Pode Crer está:

  • Fortalecimento da cultura maker e do repertório cultural das 70 crianças e adolescentes, a partir da integração entre as oficinas.
  • Evolução na comunicação e expressão dos adolescentes e jovens.
  • Permanência no Projeto: 250 bolsas pagas aos jovens das trilhas 2 e 3.
  • 10 workshops sobre empreendedorismo, sustentabilidade, criatividade, tecnologia e inovação, com voluntários da Rede IVG.
  • 10 jovens da trilha 3 participantes do programa ONE (Oracle Next Education) em cursos de lógica de programação, Front-End, Java, além de desenvolvimento de soft skills.
  • 16 “ligas” formadas na Gincana Jornada X com a parceira Livelab, onde os adolescentes e jovens pensaram ações de impacto social.
  • Aproximação com o ecossistema de tecnologia: visitas técnicas ao SEBRAE/SC, CoCreation Lab Monte Cristo, K-Lab: Laboratório de Inovação da Koerich, Teltec Solutions e ACATE.
  • 8 jovens inseridos no Programa de Bolsas IVG (Pré-vestibular e Auxílio Universitário).
  • Mais de 35 jovens encaminhados ao mercado de trabalho de tecnologia e inovação.
  • Ampliação da rede de empresas e apoiadores do Pode Crer (27 parcerias).

Depoimentos:

No começo, eu pensava que o Pode Crer seria um curso superficial para conseguir um emprego qualquer. Porém, o que ele nos ofereceu, poucos projetos nos dão: preparação para o mercado de trabalho, possibilidades e saber lidar com diversidades. Sem o Pode Crer, sendo uma mulher, negra e periférica, eu não teria uma visão de futuro. (Ana Clara Lisboa).

Gosto do objetivo do Pode Crer porque, com ele, a vida das pessoas da periferia, no futuro, pode mudar. É como plantar uma árvore que dará muitos frutos depois. Acredito que não é  desperdício investir na juventude, porque amanhã são eles que vão retomar o que os mais velhos começaram e criar ainda mais. (Widza Marcellus, jovem migrante).

Me apaixonei completamente quando conheci a proposta do Projeto Pode Crer, pelo enfoque em tecnologia, inglês e cultura maker, que pela minha experiência sei que é completamente apaixonante e com potencial de retorno ilimitado. Mas o que garante o sucesso do Pode Crer é a maneira como se aborda cultura e sociedade. Não é trivial implementar um novo programa de educação para jovens da periferia. Esse sucesso é inteiramente devido ao time fenomenal que entende profundamente a realidade de vida dos jovens participantes, e navega com sucesso diversas realidades. (Eduardo Beltrame, Doutor em Bioengenharia pela Caltech-EUA).

Em 2019, percebemos que praticamente todos os polos tecnológicos de Florianópolis estão em regiões de vulnerabilidade social, onde há muita criança e jovem com a habilidade de resolver problemas, algo importante no setor de inovação. Vimos, portanto, que no “morro” estava a solução para o “vale”. Então  começamos a nos aproximar do IVG, unindo as nossas forças no desenvolvimento do Programa Pode Crer, considerando as demandas do setor, os desafios dessas juventudes e a tecnologia social do Instituto. É emocionante ver o que já conseguimos realizar no projeto-piloto. Jovens se descobrindo como potenciais empreendedores, se apaixonando pela programação e o design, interagindo com outros jovens já atuantes nesse setor. Temos a absoluta certeza de que esse é o caminho mundial. (José Eduardo Fiates, diretor de Inovação da FIESC).

(Instituto Pe. Vilson Groh, 17/12/2021)

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