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Tomar banho na Beira-Mar Norte se tornou um sonho mais distante

Da Coluna de Renato Igor (NSC, 19/11/2021)

Há uma evidente melhora na contenção de lançamento de esgoto no mar da baía norte na região da avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, mas o banho de mar terá que esperar. O aguardado mergulho com a balneabilidade e transparência da água desejados pelos moradores de Florianópolis ainda irá demorar. “Isso ainda é uma questão de longo prazo”, explicou o diretor de operação e expansão da Casan, Joel Horstmann.

Ele afirma que embora tenha reduzido significativamente o lançamento de esgoto na baía norte, houve o depósito de dejetos por muito tempo no local e levará um prazo maior ainda para mudar o fundo, com muita sedimentação. Horstmann apontou, inclusive, que o alargamento da faixa de areia poderia ajudar nesse processo.

No relatório de balneabilidade divulgado pelo IMA, no dia 11 de novembro, os três pontos da Beira-Mar Norte estavam em condições impróprias para banho. A Unidade de Recuperação Ambiental (URA) contabiliza mais de 7 bilhões de litros de esgoto tratado − o equivalente a quase três mil piscinas olímpicas de esgoto que deixaram de contaminar o mar.

Em, abril, em entrevista para a coluna, o então diretor de operação e expansão da Casan, Fabio Krieger, falou sobre o assunto: “Não há mais cheiro fétido. O projeto já possui os seus efeitos. Já tem a pesca, é visível a clarificação das águas, se vê peixes pulando e as pessoas tarrafeando, algo que não se via antes. Sobre a balneabilidade, depende muito do tempo, São 50 anos de assoreamento, de resíduos e depósito de sedimentos na região. Vamos precisar de alguns anos ainda pela frente para o desenvolvimento do projeto em conjunto com o Programa Se Liga na Rede. Um prazo não dá para estimar exatamente, vai depender do avanço do Se Liga na Rede, da cooperação das prioridades que estão sendo vistoriadas ao longo da Avenida Beira-Mar Norte, do projeto que estamos ampliando o sistema Insular, ampliando o sistema do Monte Verde e bairro Saco Grande. Isso aí vai no mínimo mais uns cinco anos de trabalho”, disse.

A URA completou dois anos de operação no mês de abril e custou R$ 18 milhões. O equipamento da Casan evita que três toneladas de lixo sejam despejados diariamente na baía. O gradeamento que existe nas 15 elevatórias e na própria URA retém, todos os dias, milhares de sacolas plásticas, garrafas PET, embalagens e até toalhas e tecidos que entraram na tubulação da rede pluvial e iriam parar no mar.

Ouça a entrevista com o diretor de operação e expansão da Casan, Joel Horstmann:

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