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Falhas na cerca de proteção aumentam atropelamentos de animais no Sul da Ilha, na Capital

Acidentes envolvendo animais na pista voltam a preocupar quem passa pelo novo acesso ao Sul da Ilha, em Florianópolis, além dos moradores da região. Foram pelo menos três atropelamentos recentemente, depois que parte da cerca de proteção foi retirada para obras às margens da rodovia.

O professor Ajamil Fernandes conta que pedalando, viu o perigo aumentar nos últimos meses. “Começou mais evidente há um ano mais ou menos. (…) eu vi uma capivara morta próximo do trevo, um graxaim onde termina a cerca e uma outra capivara. De um mês para cá, foram três casos: uma que não estava morta, ferida e mancando pelo caminho, uma morta próximo ao acesso do aeroporto e uma morta no meio da Via Expressa”, lembrou.

A rodovia corta uma grande região de mangue na Reserva da Costeira do Pirajubaé. Desde a construção da estrada, a circulação de animais já era esperada, por isso boa parte do trajeto recebeu cercas de proteção, uma determinação dos próprios órgãos ambientais que emitiram as licenças para a obra.

No entanto, qualquer passagem aberta nas cercas vira caminho alternativo para a fauna da região. Recentemente, os animais têm encontrado espaços porque parte da proteção foi retirada para uma obra de instalação de tubos da Casan. A partir daí é que os acidentes teriam aumentado.

Onde os funcionários trabalham, as calçadas foram quebradas para colocação da tubulação que vai ligar o sistema de abastecimento de água do Sul da Ilha com o sistema integrado da Grande Florianópolis. A obra vai se estender por 3 km junto à rodovia estadual. Onde a cerca metálica foi retirada, proteções plásticas foram colocadas, mas não têm evitado a passagem dos animais.

“Ao identificar animais soltos na via, reduza a velocidade e não ultrapasse o animal. Sinalize os demais condutores sobre essa situação perigosa com o uso do pisca alerta. Evite também usar a buzina e faróis altos. Os animais se comportam de maneira inesperada quando se sentem ameaçados”, recomendou a agente da PMRv, Juliana Lopes de Souza Nunes.

Para garantir o deslocamento dos animais de um lado pro outro, foram construídas estruturas sob o asfalto chamadas de passa-fauna. Ao longo de 8 km da rodovia, existem onze delas. Mas enquanto houver acesso à pista pela cerca, o risco de acidentes existe, principalmente à noite.

O biólogo Emerilson Emerim explicou que isso acontece porque “a rodovia corta áreas úmidas, locais de habitat de vários animais, dentre eles as capivaras, que são animais de hábitos crepusculares. Elas estão em atividade ou no amanhecer ou no anoitecer, muitas vezes estão com filhotes. Então, o risco de atropelamento é muito grande e isso afeta a população desses mamíferos roedores no entorno da rodovia”.

A combinação da alta velocidade no trecho, com a travessia de animais como as capivaras, que podem chegar a 80 kg quando adultas, têm preocupado quem utiliza a estrada. A previsão é que as obras no local vão até setembro.

“Que se faça, então, um cercamento provisório atrás dessa cerca que está sendo reparada, para justamente evitar que nesse período os animais entrem na rodovia e possam ser atropelados”, disse Emerim.

Em nota, a Casan disse que a morte de um animal aconteceu a mais de 1 km da área de trabalho e que as cercas são repostas conforme o avanço das obras.

Confira mais informações na reportagem do Balanço Geral Florianópolis.

(Balanço Geral, 30/06/2021)

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