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A UFSC quer ouvir você: pesquisa aponta opiniões da comunidade universitária sobre atividades não presenciais durante a pandemia

O Subcomitê Acadêmico para o Combate à Pandemia do Covid-19 na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresentou os resultados da pesquisa realizada de 1º a 10 de junho, junto à comunidade acadêmica acerca das atividades não presenciais.

“O objetivo com a Pesquisa é fomentar a discussão e planejamento dos subcomitês, e assim contribuir para um plano que preserve o compromisso da UFSC com o ensino público, gratuito, de qualidade, seguro e para todos”, ressaltou a Alexandre Marino Costa, coordenador do Subcomitê Acadêmico.

“É importante o caráter inclusivo da educação pública, por isso, precisamos olhar para aqueles que não têm condições de realizar as atividades não presenciais,” ressaltou o reitor Ubaldo Cesar Balthazar. “Esta pesquisa é um ponto de partida, precisamos levar em conta todos os cenários para não corrermos o risco de deixar alguém de fora deste processo de retomada. Para isso, estamos preparando, por meio do Subcomitê de Assistência Estudantil as propostas que garantirão equipamentos e auxílio para acesso à internet a todos”.

Responderam ao diagnóstico institucional 92% dos professores da UFSC (2.512 pessoas), 63% dos técnicos-administrativos em Educação (TAEs) (1.980 pessoas), e 63,5% dos estudantes (23.349 pessoas). O desdobramento dos estudantes respondentes ficou em 65% da Graduação; 58% da Pós-Graduação e 53% do Ensino Médio do Colégio de Aplicação.

>> Acesse aqui os resultados do Diagnóstico Institucional realizado pelo Subcomitê Acadêmico

A pesquisa contou com a organização da professora Graziela de Luca Canto, juntamente com um Grupo de Trabalho. Segundo ela, é possível que algumas pessoas tenham tido dificuldades técnicas para responder, mas ressaltou que “100% dos indígenas e quilombolas constantes nos registros da UFSC responderam à Pesquisa”. “Houve uma grande quantidade de respondentes, quase 28 mil pessoas, nas três categorias. Por isso acreditamos que este questionário seja uma base sólida de consulta para a elaboração das políticas necessárias para o redimensionamento das atividades acadêmicas na UFSC”, aponta.

Foram feitas, ao todo, 43 perguntas para docentes, 32 perguntas para TAEs e 47 perguntas para estudantes, acerca de questões como o acesso à internet e tecnologias digitais; a possibilidade de uso das tecnologias para atividades acadêmicas; necessidade de capacitação; dados socioeconômicos e relativos à pandemia, entre outras.

Acesso à internet e a tecnologias

Dentre os docentes que responderam, 91,76% possui conexão à internet suficiente para ministrar atividades não presenciais e 92,27% dos estudantes respondentes tem conexão suficiente para acompanhar as atividades remotas. Dentre os técnicos, 94,34% acredita que sua conexão é suficiente para o trabalho remoto.

A pesquisa buscou informações sobre equipamentos, familiaridades com tecnologias, privacidade e silêncio para lecionar e acompanhar as atividades também. Estudantes, docentes e técnicos respondentes manifestaram ter boa familiaridade com a plataforma Moodle, atualmente já utilizada para muitas das atividades de ensino da UFSC. São 65,25% dos professores, 66,46% dos estudantes respondentes e 65,66% dos TAEs. A grande maioria das três categorias expressou desejo de ter acesso a capacitação sobre a ferramenta.

Dentre os estudantes, 93,18% dos estudantes que responderam, possui computador de mesa ou notebook para acessar a internet fora do campus da UFSC, e 96,37% possui tablet ou smartphone. 57,28% desses estudantes avaliam ter boa familiaridade com o uso de tecnologias digitais em educação, sendo que 33,44% pensa ter familiaridade excelente com essas tecnologias.

Ainda para os estudantes respondentes as dificuldades que existem no seu curso para o desenvolvimento de atividades pedagógicas não presenciais são as aulas práticas (64,29%), seguida pelas questões pedagógicas (57,21%), como formas de avaliação, readequação dos planos de ensino, etc.; e dificuldades de inclusão (58,38%), como a oferta de materiais didáticos acessíveis.

A possibilidade de uso do espaço físico da UFSC mostrou-se interessante principalmente para os professores, que indicaram (54,1% dos respondentes) que gostariam de ter acesso à sua sala de trabalho na UFSC, respeitando todas as regras de prevenção e controle da Covid-19.

Para os docentes que responderam, as dificuldades para o desenvolvimento de atividades pedagógicas não presenciais são as aulas práticas (76,04%), as questões pedagógicas (59,63%) e a inclusão (53,7%).

>> Acesse aqui os resultados do Diagnóstico Institucional realizado pelo Subcomitê Acadêmico

Dados socioeconômicos e sobre a pandemia

A Pesquisa procurou saber se houve diagnóstico de Covid-19 entre os estudantes, técnicos e docentes, e a maioria respondeu que não foi diagnosticado, e que não está no grupo de risco. No entanto, uma parcela significativa dos respondentes (50,2% dos docentes, 49,75% dos TAEs e 42,6% dos estudantes), mora com alguma pessoa do grupo de risco ou que tenha alguma necessidade especial, sendo necessário permanecer em trabalho remoto, mesmo após o retorno às atividades presenciais.

Também ficou evidente que, caso um membro do núcleo familiar que more com o respondente teste positivo para Covid-19, haveria dificuldades de isolar a pessoa doente para evitar contaminação (48,93% dos docentes, 57,37% dos TAEs e 48,08% dos estudantes não teriam como isolar-se).

Os dados completos da pesquisa, bem como os relatórios de cada categoria, podem ser acessados neste link.

Confira, alguns destaques da Pesquisa. Os dados completos estão disponíveis nesta apresentação (PDF).

(UFSC, 15/06/2020)

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