Museu Victor Meirelles promove interações com diferentes linguagens artísticas
22/07/2009
Norte da Ilha clama por segurança pública
22/07/2009

“Socioambientalistas” furibundos com IPEA

O movimento “socioambientalista” está furibundo com o Dr. Eustáquio Reis, pesquisador e ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por ter defendido, dia 20 passado, os benefícios do desmatamento. Reis desancou várias teses ambientalistas em pleno fórum de debates sobre meio ambiente realizado durante 11° Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica). [1]

Reis argumentou que não se pode falar em meio ambiente sem levar em conta as vantagens econômicas do desmatamento pois, na maioria das vezes, há relação direta entre devastação e ganhos econômicos, como no norte de Mato Grosso, região que enriqueceu com base na produção de soja em larga escala. “O desmatamento não tem só custos. Tem benefícios. É fundamental ter noção dos benefícios… As estradas são vistas como demônios na Amazônia. Não é assim. Alguns efeitos podem ser minorados. E seria criminoso com os produtores e com o país negar oportunidades mais competitivas de transporte”, destacou Reis.

Adiante, Reis questionou o falso consenso em torno do desenvolvimento sustentável e provocou os ativistas ao dizer que o desmatamento quase total da Mata Atlântica em São Paulo “não trouxe nenhuma consequência mais drástica” para o estado ou para o país. “Pergunte aos italianos, aos japoneses, aos que vieram para o Brasil se eles se arrependeram de ter desmatado”, disse provocativamente.

A seu ver, em nome da garantia de bem-estar das futuras gerações, a sociedade não poderá abrir mão do avanço sobre áreas ainda preservadas para expansão da produção agropecuária. “Não creiam que teremos que abdicar da soja e do gado”, disse. Para ele, a estabilização do desmatamento da Amazônia em cerca de 40% seria razoável. Atualmente, a área desmatada do bioma é de cerca de 15% do total.

Para desespero dos ambientalistas presentes, Reis foi além e apontou a existência de interesses internacionais na conservação da Amazônia como sumidouro de carbono para reduzir os impactos das mudanças climáticas e questionou o cenário que prevê a transformação da floresta em savana por causa do aquecimento do planeta: “Os modelos que previam mais chuvas para a Amazônia foram cortados. É um jogo de cartas marcadas. Essa idéia de savanização é até irônica. Se tivermos garantia de savanização da Amazônia, então o melhor é aproveitá-la logo antes que se torne improdutiva”.

Notas:
[1]Pesquisador do Ipea defende benefícios do desmatamento e irrita ambientalistas, Agência Brasil, 20/06/2009

(Jornal Ilha Capital, 22/07/2009)

mm
Monitoramento de Mídia
A FloripAmanhã realiza um monitoramento de mídia para seleção e republicação de notícias relacionadas com o foco da Associação. No jornalismo esta atividade é chamada de "Clipping". As notícias veiculadas em nossa seção Clipping não necessariamente refletem a posição da FloripAmanhã e são de responsabilidade dos veículos e assessorias de imprensa citados como fonte. O objetivo da Associação é promover o debate e o conhecimento sobre temas como planejamento urbano, meio ambiente, economia criativa, entre outros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *