Balneabilidade: Florianópolis tem 60 pontos próprios para banho
21/01/2020
Estado cobra maior produtividade de empresa que faz revitalização da SC-401
22/01/2020

Reciclagem em Florianópolis aumenta 13%, com ganhos sociais de R$ 8 milhões

foto/divulgação: Leo Sousa/Divulgação PMF

A coleta de recicláveis pela Comcap aumentou 13% em 2019, em contraste com a coleta convencional (rejeito) que estacionou em zero por cento, interrompendo a tendência de alta entre 3% e 6% das últimas décadas. “Os dados demonstram que o cidadão tem participado do esforço Floripa Lixo Zero 2030 proposto pela Prefeitura de Florianópolis”, aponta o presidente da Autarquia de Melhoramentos da Capital Comcap, Márcio Alves. Os ganhos com a coleta seletiva já somam R$ 8 milhões ao ano entre o que a Prefeitura de Florianópolis deixa de gastar com aterro sanitário e a renda proporcionada para 11 associações de triadores da Grande Florianópolis.

Durante o ano passado, a cidade separou 2 mil toneladas a mais em papel, plástico, metal, vidro e orgânicos compostáveis para os roteiros de coleta seletiva ou para os pontos de entrega voluntária (PEVs) e Ecopontos da Comcap.

A coleta seletiva da Comcap movimentou 17.554 toneladas de resíduos em 2019. Em 2018, foram 15.489 toneladas. “Mais importante é que esse aumento na seletiva ocorreu ao mesmo tempo em que a convencional estacionou. Significa que o usuário do sistema atendeu ao apelo para separar mais e melhor”, festeja o presidente.

Economia circular e agricultura urbana
Ao mudar o destino dos resíduos do lixo para a reciclagem, o cidadão promove a economia circular, com ganhos ambientais e sociais, e reduz custos públicos com aterro sanitário. Os recicláveis secos são doados às associações de triadores e por elas reinseridos na indústria. Os resíduos orgânicos compostados servem para ajardinamento e hortas urbanas.

O material encaminhado para reciclagem permite ganhos sociais da ordem de R$ 8 milhões ao ano se for somado o que a Prefeitura de Florianópolis deixa de gastar com o transporte até o aterro e o valor revertido pelas associações ao comercializar o material para a indústria. Foram 12.929 toneladas de recicláveis secos doadas para associações de triadores que deixaram de custar R$ 2 milhões de aterro (R$ 161 a tonelada) e promoveram receitas de R$ 4,9 milhões na venda para a indústria (em média R$ 381 a tonelada triada e comercializada pela ACMR).

Os resíduos orgânicos que, por terem sido separados pela população deixaram de ir para aterro sanitário, permitiram economia de R$ 655 mil em redução de custos públicos e geraram ao mínimo R$ 448 mil em valor, levando em consideração o preço público da Comcap para cepilho ou composto que é de R$ 0,11 o quilo. O cepilho e o composto da Comcap têm sido doados para ações de agricultura urbana.

Foco no vidro e no orgânico
O aumento da seletiva, explica Márcio Alves, decorre do foco da Comcap em investir na coleta de vidro, por meio de pontos de entrega voluntária (PEVs), e na coleta de orgânicos. A coleta exclusiva de vidro por entrega voluntária aumentou 19% e a compostagem de orgânicos aumentou 135% em 2019. Foram processadas 1,4 mil toneladas de restos de alimentos no Centro de Valorização de Resíduos da Comcap no Itacorubi, em parceria com Associação Orgânica, e trituradas 2,6 mil toneladas de podas.

Este ano, cerca de R$ 8 milhões serão investidos na implantação e ampliação destas duas modalidades. Já estão em licitação equipamentos para instalar 50 novos PEVs de Vidro, praticamente triplicando a rede existente, e para mais dois Ecopontos, além dos cinco atuais. Para que Florianópolis saia na frente das capitais brasileiras, em 2020, será implantada a coleta seletiva de verdes (podas) nos domicílios e a coleta de orgânicos (restos de alimentos) por pontos e em grandes geradores como condomínios residenciais e instituições como o Cepon, onde está sendo feita experiência piloto.

Também estão sendo adquiridos cinco caminhões compactadores com câmbio automático para a coleta seletiva. “A ideia é implantar novas modalidades de seletiva e agilizar a que é feita de porta em porta. Com os novos compactadores, entraremos em ruas onde não conseguimos hoje e faremos menos viagens com mais peso, melhorando também a pegada de carbono da coleta seletiva da Comcap”, indica Márcio Alves.

Alta da seletiva também no verão
A tendência de alta da seletiva foi verificada inclusive na temporada. Entre os dias 15 de dezembro e 15 de janeiro de 2020, a seletiva teve uma variação 22% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Chegando ao recorde histórico de 100 toneladas de materiais recicláveis recolhidas num único dia, na quarta, 8 de janeiro. A marca anterior era de 75 toneladas/dia.

O QUE FOI PARA A RECICLAGEM
Total recicláveis secos 2018: 15.489 toneladas

Total recicláveis secos 2019: 17.554 toneladas

Diferença: + 13,33%

Total orgânicos (alimentos) 2018: 616 toneladas

Total orgânicos (alimentos) 2019: 1.452 toneladas

Diferença: +135%

Total vidro 2018 (PEVs + Ecopontos): 685 toneladas

Total vidro 2019 (PEVs + Ecopontos): 814 toneladas

Diferença: +19%

O QUE FOI PARA ATERRO
Total rejeito 2018: 193.829 toneladas

Total rejeito 2019: 193.874 toneladas

Diferença: 0,02%

Coleta seletiva verão
15/12/2018 a 15/01/2019 – 1.213.550 quilos

15/12/2019 a 15/01/2020 – 1.478.030 quilos

Aumento de 22%

Movimentação de resíduos em 2019Departamento de Coleta de Resíduos Sólidos Comcap
Serviço   Quantidade
REJEITOS
Resíduos sólidos – coleta convencional porta a porta, remoção, caixa tipo brooks, roll-on-roll-off, CVR e rejeito galpões de triagem  193.874 toneladas
RECICLÁVEIS 
Resíduos sólidos – coleta seletiva porta a porta  11.324 toneladas
Pontos de entrega voluntária (PEVs) de vidro e outras embalagens  530 toneladas
Ecopontos recicláveis secos  429 toneladas
Ecopontos vidros  284 toneladas
Doações recicláveis recebidas pela ACMR  362 toneladas
Madeira   183,5 toneladas
Metal  212 toneladas
Pneus  133 toneladas
Orgânicos podas  2.616 toneladas
Orgânicos compostagem restos de alimentos  1.452 toneladas
Óleo vegetal  4,5 toneladas
Reciclagem eletrônicos  22,5 toneladas
Total resíduos  213.987 toneladas
% DESVIADO DO ATERRO SANITÁRIO  6,76%

 

Resumo destino final dos resíduos
REJEITOS – ATERRO SANITÁRIO
Coleta convencional domiciliar e rejeito galpões coleta seletiva  196.432 toneladas
RECICLÁVEIS SECOS – DOAÇÃO ASSOCIAÇÕES CATADORES
Coleta seletiva, Ecopontos e PEVs, CVR  13.482 toneladas (14,65% de desvio para meta de 30%)
RECICLÁVEIS ORGÂNICOS – COMPOSTAGEM COMCAP
Restos de alimentos, podas e roçagem, óleo vegetal  4.073 toneladas (5,44% de desvio para meta de 35%)

Em 2019

Meta desvio do aterro       Realizado        Em relação à meta

 

Recicláveis secos (metal, vidro, papel e plástico)

30%                                14,65%                           49%

 

Orgânicos (podas e restos de alimentos)

35%                                  5,44%                            16%

(PMF, 20/01/2020)

mm
Monitoramento de Mídia
A FloripAmanhã realiza um monitoramento de mídia para seleção e republicação de notícias relacionadas com o foco da Associação. No jornalismo esta atividade é chamada de "Clipping". As notícias veiculadas em nossa seção Clipping não necessariamente refletem a posição da FloripAmanhã e são de responsabilidade dos veículos e assessorias de imprensa citados como fonte. O objetivo da Associação é promover o debate e o conhecimento sobre temas como planejamento urbano, meio ambiente, economia criativa, entre outros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *