As movimentações em torno do futuro da água e do esgoto em Florianópolis e região estão sendo estimuladas por grupos econômicos da Espanha e Portugal, interessados na privatização do setor. A denúncia foi feita ontem pelo presidente da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), Walmor de Luca. “Tem gente que não entende do assunto e está dando palpites. Gente que não tem coragem de falar em privatização e está querendo fazer negócio com a água”, enfatizou. Os debates sobre o assunto surgiram com a proximidade do fim do contrato de concessão entre a Prefeitura de Florianópolis e a Casan em fevereiro do ano que vem. “Se querem privatizar, então que tenham a coragem de dizer”, acrescentou Walmor, lamentando que a empresa não tenha sido convidada para o Fórum do Saneamento, realizado na segunda-feira na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC).
O presidente da Casan conversou com o prefeito Dário Berger sobre o assunto na terça-feira. “Ele me disse que nos dois anos de mandato não têm nenhuma reclamação a fazer em relação ao serviço que prestamos”, afirmou. Walmor voltará a conversar com Berger para reforçar a proposta de gestão compartilhada dos serviços de saneamento, com um balanço das ações desenvolvidas em Florianópolis nos últimos anos. “O contrato que está chegando ao fim foi imposto à Prefeitura de Florianópolis durante a ditadura e isso não deve se repetir”, assinalou. “A gestão compartilhada prevê que 50% da receita líquida com o setor sejam aplicados pela Prefeitura, mediante a criação de um fundo de saneamento”, explicou. O uso desses recursos vai ser definido por um conselho municipal de saneamento, com respaldo de uma câmara técnica.
Walmor reconhece que a Casan não está fornecendo água para 100% das residências em Florianópolis, “por causa de limitações imposta pela legislação, que não permite ligações em edificações erguidas nos morros, acima da cota de cem metros”, disse. E garantiu que o percentual de 46,30% de coleta e tratamento de esgotos, “logo chegará a 60%, índice próximo do existente em países como a Espanha”.
No momento estão sendo realizadas obras de esgoto nos bairros Costeira do Pirajubaé, Canto da Lagoa, João Paulo e Ingleses, devendo ser iniciados os serviços no distrito de Santo Antônio de Lisboa.
Sindicalista aponta falta de investimentos
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto (Sintae), Odair Rogério da Silva, propõe uma gestão compartilhada da água e do esgoto na região da Capital e defende a manutenção do subsídio cruzado, por ser um “modelo solidário para manter pequenos municípios”.
A posição da entidade foi divulgada ontem por sua assessoria de comunicação, com críticas à “falta de participação de setores populares no Fórum do Saneamento Ambiental, promovido pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), no dia 4 de dezembro”. O Sintae aponta em especial a ausência União Florianopolitana das Entidades Comunitárias (Ufeco), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da própria Casan no debate.
“O evento reuniu basicamente o setor empresarial e não ouviu os movimentos populares, também interessados nessa discussão”, afirmou Odair. Durante o evento, o Sintae defendeu o modelo de gestão compartilhada entre o Estado e município e sugeriu a criação de um fórum estadual em defesa de investimentos no saneamento público. “O grande gargalo do saneamento é a falta de financiamento. Os municípios que saíram do sistema Casan também não conseguiram implantar o sistema de esgoto”, alertou. Sobre o subsídio cruzado, disse: “Santa Catarina precisa garantir o acesso de todos ao saneamento. O subsídio cruzado garante a distribuição solidária dos recursos. Se os municípios de grande porte, como Florianópolis, deixarem de participar, a grande maioria das cidades não terá condições de implantar o sistema”.
(Celso Martins, A Notícia, 07/12/2006)
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analíticos". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessários". |
viewed_cookie_policy | 11 meses | O cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent e é usado para armazenar se o usuário consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
collect | sessão | Usado para enviar dados ao Google Analytics sobre o dispositivo e o comportamento do visitante. Rastreia o visitante através de dispositivos e canais de marketing. |
CONSENT | 2 anos | O YouTube define este cookie através dos vídeos incorporados do YouTube e regista dados estatísticos anônimos. |
iutk | 5 meses 27 dias | Este cookie é utilizado pelo sistema analítico Issuu. Os cookies são utilizados para recolher informações relativas à atividade dos visitantes sobre os produtos Issuuu. |
_ga | 2 anos | Este cookie do Google Analytics registra uma identificação única que é usada para gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
_gat | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para limitar a taxa de solicitação. |
_gid | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para distinguir usuários e gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
IDE | 1 ano 24 dias | Os cookies IDE Google DoubleClick são usados para armazenar informações sobre como o usuário utiliza o site para apresentá-los com anúncios relevantes e de acordo com o perfil do usuário. |
mc .quantserve.com | 1 ano 1 mês | Quantserve define o cookie mc para rastrear anonimamente o comportamento do usuário no site. |
test_cookie | 15 minutos | O test_cookie é definido pelo doubleclick.net e é usado para determinar se o navegador do usuário suporta cookies. |
VISITOR_INFO1_LIVE | 5 meses 27 dias | Um cookie colocado pelo YouTube para medir a largura de banda que determina se o usuário obtém a nova ou a antiga interface do player. |
YSC | sessão | O cookie YSC é colocado pelo Youtube e é utilizado para acompanhar as visualizações dos vídeos incorporados nas páginas do Youtube. |
yt-remote-connected-devices | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt-remote-device-id | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt.innertube::nextId | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |
yt.innertube::requests | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |