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Reforma da galeria do artesanato contrasta com abandono da Alfândega

A reforma do Centro de Cultura Popular Catarinense pela FCC (Fundação Catarinense de Cultura) contrasta com o abandono da Casa da Alfândega, no Centro de Florianópolis. O prédio histórico está pichado e com o reboco à mostra. Depois de ficar fechado por 35 dias, o Centro de Cultura, que abriga a galeria de artesanato, foi reaberta no último dia 5 com esculturas de 68 expositores de 22 municípios do Estado. A restauração aconteceu em tempo recorde para o poder público, mas apenas na parte interna com cerca de 500 m², que representa um terço da construção. Isto porque esse espaço está cedido à FCC, mas o prédio é de responsabilidade do Iphan-SC (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que pretende iniciar uma restauração completa ainda neste ano.

Inaugurada em 29 de julho de 1876 e desativada em 1964 com o fechamento do Porto de Florianópolis, a Casa da Alfândega é constituída por três ambientes: o central, com sobrado e remate de frontão; e dois armazéns laterais com telhados. “Há um projeto contratado pelo Iphan para restauração do imóvel. O processo está em fase de finalização do projeto executivo e orçamento, e somente após esta etapa concluída teremos precisão de início da obra, mas certamente ainda neste ano”, informou a superintendente do Iphan-SC, arquiteta Liliane Janine Nizzola.

O prédio já foi sede do Museu Histórico de Santa Catarina e do Masc (Museu de Artes de Santa Catarina). Atualmente, o imóvel é ocupado pelo Centro de Cultura Popular Catarinense e como depósito de arquivos do Iphan.

O bancário aposentado Nilo Fermino, 59 anos, lamentou o estado de abandono do prédio tombado como monumento nacional, em 1975. “Falta planejamento e organização do poder público”, sentenciou.

(Veja matéria completa em ND, 11/04/2018)

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