Epagri promove na terça-feira (10) seminário sobre qualificação da cadeia produtiva do Queijo Artesanal Serrano (QAS). O evento acontece das 9h às 17h no campus de Lages da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas nos escritórios municipais da Epagri ou contatando pelo grl@epagri.sc.gov.br e (49) 3289-6400. O evento marca o início das capacitações de técnicos e produtores em Boas Práticas Agropecuárias e Boas Práticas de Fabricação, que ocorrerão durante esse ano na Serra catarinense.
O ciclo de palestras será aberto com o tema “A importância do processo de qualificação para fortalecimento da cadeia produtiva do Queijo Artesanal Serrano”, a ser apresentado por Charli Beatriz Ludtke, representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “O Modo de Fazer Queijo Artesanal Serrano como patrimônio culinário imaterial de Santa Catarina” será abordado pelo presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Rodolfo Pinto da Luz.
“A importância da organização e dos produtores como protagonistas do processo de qualificação e autocontrole” será colocada em debate pela Federação das Associações de Produtores de Queijo Artesanal Serrano (Faproqas). Por fim, Bruno Cabral, mestre queijeiro, formado em gastronomia pela Escola de Hotelaria e Restauração de Barcelona, na Espanha, discute com os participantes “Valorização e características do Queijo Artesanal Serrano frente ao mercado e tendências do consumo”. O encerramento será marcado pela primeira mostra de Queijo Artesanal Serrano, dirigida pelo chef Bruno.
Lançamento
Outro destaque da programação será o lançamento do livro “Caracterização ambiental e delimitação geográfica dos Campos de Cima da Serra”, marcado para às 11h15. A obra, editada pela Epagri, traz um levantamento das características ambientais da região, um dos documentos exigidos no processo que solicita Indicação Geográfica (IG) para o Queijo Artesanal Serrano.
A Indicação Geográfica é uma forma de valorização do produto de uma região ou território, cuja procedência adquiriu notoriedade em decorrência do modo de fazer, das características ambientais locais e outros fatores. O champanhe é um exemplo clássico.
No Brasil, quem avalia o pedido e decide pela concessão ou não da Indicação é o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que já recebeu todos os documentos referentes ao Queijo Artesanal Serrano. A IG está sendo solicitada na modalidade de Denominação de Origem (DO). Caso seja concedida, essa será a primeira certificação em DO para queijos do Brasil.
Tradição
O QAS, feito a partir de leite cru, faz parte da tradição, da alimentação e da renda das famílias da Serra catarinense e dos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul desde 1700. É um pedaço da história que reúne características únicas, como o “saber-fazer” que cruzou o Atlântico com os portugueses, o clima frio dos campos de araucárias e o leite das vacas de corte alimentadas com pastagem nativa.
A região geográfica delimitada como produtora do QAS, denominada Campos de Cima da Serra, compreende 18 municípios da Serra catarinense e 16 da região Nordeste de altitude do Rio Grande do Sul, totalizando 34 mil km2. São aproximadamente 3,5 mil pecuaristas familiares que produzem o queijo, utilizando somente leite da propriedade.
Serviço
O quê: Seminário sobre qualificação da cadeia produtiva do Queijo Artesanal SerranoQuando: dia 10 de abril, das 9h às 17h
Onde: No campus de Lages da Uniplac. Av. Castelo Branco, 170, Bairro Universitário
Inscrições gratuitas: grl@epagri.sc.gov.br / (49) 3289-6400 ou nos escritórios municipais da Epagri
Informações e entrevistas: Andréia Meira Schlickmann, extensionista social da Epagri, pelo fone (49) 32896426
(OCP News, 04/04/2018)
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